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RDC. Pelo menos pessoas morrem em ataque no nordeste do país

Pelo menos 12 pessoas morreram na noite passada num novo ataque atribuído aos rebeldes das Forças Democráticas Aliadas (ADF) no nordeste da República Democrática do Congo (RDCongo), disse, esta segunda-feira, um líder da sociedade civil.

RDC. Pelo menos  pessoas morrem em ataque no nordeste do país
Notícias ao Minuto

14:31 - 04/04/22 por Lusa

Mundo República Democrática do Congo

O ataque ocorreu na localidade de Masambo, dentro do território de Beni, que pertence à província de Kivu do Norte, disse o presidente da sociedade civil de Beni, Omar Kavota, à agência EFE.

"Ouvimos que pode haver mais mulheres assassinadas. Estamos à espera de receber um relatório mais detalhado", acrescentou Kavota.

O porta-voz das operações do exército congolês na região onde ocorreu o ataque, coronel Anthonty Mwalushay, confirmou à Efe o assalto dos rebeldes, mas sem adiantar um balanço.

As ADF são um grupo rebelde de origem ugandesa, mas atualmente tem bases no nordeste da RDCongo, perto da fronteira com o Uganda.

Segundo o escritório do Alto-Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (OHCHR), as ADF foram responsáveis por cerca de 1.260 mortes em 2021, convertendo-se no grupo armado mais letal da RDCongo.

As autoridades do Uganda acusaram as ADF de organizarem em novembro de 2021 três atentados suicidas dentro do seu território.

No entanto, os objetivos desta milícia são difusos além de uma possível ligação com o grupo extremista Estado Islâmico (EI), que às vezes assume a responsabilidade pelos seus ataques.

Embora os peritos do Conselho de Segurança da ONU não tenham encontrado provas de um apoio direto do EI às ADF, os Estados Unidos identificam desde março de 2021 estes rebeldes como "uma organização terrorista" filiada no grupo terrorista.

Com o objetivo de neutralizar as ADF, os exércitos da RDCongo e do Uganda iniciaram em finais de novembro uma operação militar conjunta em solo congolês que ainda continua.

A diretora da missão de paz da ONU na RDCongo (MONUSCO), Bintou Keita, reconheceu na semana passada, num discurso no Conselho de Segurança da ONU, que, apesar destas operações militares, o número de "vítimas civis e os deslocamentos das populações" aumentaram.

Desde 1998, o leste da RDCongo está mergulhado num conflito alimentado pelas milícias rebeldes e por ataques dos soldados do exército, apesar da presença da MONUSCO, com mais de 14.000 efetivos.

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