O presidente norte-americano, Joe Biden, juntou-se às condenações aos corpos encontrados em Bucha, nos arredores de Kyiv, e voltou a acusar Vladimir Putin de ser um criminoso de guerra, subindo de tom nos insultos ao presidente russo.
Numa breve conferência de imprensa, citado pela Sky News, Joe Biden recordou que foi criticado por ter acusado Putin de ser um criminoso de guerra, reiterando que "a verdade é que vimos o que aconteceu em Bucha, e isso faz dele um criminoso de guerra".
"Este tipo é cruel", disse rispidamente o líder dos Estados Unidos da América.
Biden acrescentou que os EUA "vão continuar a providenciar a Ucrânia com as armas que precisarem para continuar a luta", e que as autoridades "têm de recolher todos os detalhes para que haja um julgamento por crimes de guerra".
Sobre Putin, Biden considera que o homólogo "tem de ser responsabilizado" e que os Estados Unidos "vão procurar mais sanções" para punir o Kremlin.
Durante o fim-de-semana, após a retirada das tropas russas de Kyiv, soldados ucranianos e jornalistas puderam ver o massacre que teve lugar em localidades em torno da capital, especialmente em Bucha, de onde surgiram imagens terríveis de corpos nas ruas e valas comuns.
A comunidade internacional condenou veementemente os incidentes, com a Comissão Europeia a anunciar a abertura de uma investigação aos crimes de guerra praticados e a ONU a pedir a exumação e identificação das dezenas de pessoas encontradas.
A invasão russa na Ucrânia vai esta segunda-feira no seu quadragésimo dia: desde o dia 24 de fevereiro, morreram mais de 1300 civis, segundo dados da ONU, que alerta que o valor real poderá ser muito maior devido às dificuldades em contabilizar os mortos em locais cercados e bombardeados.
Mais de 4,2 milhões de ucranianos fugiram do país desde o inicio da guerra, sendo que a maioria fugiu para a Polónia.
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