"Apenas permanecem um terço das forças que foram deslocadas contra Kyiv", precisou aos 'media' o alto responsável, que pediu anonimato.
"Continuamos a vê-los reorganizarem-se na Bielorrússia", acrescentou. "Continuamos a pensar que vão reequipar-se, reaprovisionar-se e talvez mesmo receber reforços, antes de serem reenviados para a Ucrânia, para combater noutro local".
"As nossas conclusões são que serão enviados para o leste do país, para a região do Donbass, mas é apenas a nossa análise, ainda não os vimos começarem a movimentar-se", prosseguiu.
Interrogado sobre a possibilidade de fornecer ao exército ucraniano tanques de fabrico russo, uma hipótese colocada pelos 'media' norte-americanos, o responsável não desmentiu, deixando a entender que estes armamentos poderão ser provenientes de países do antigo bloco soviético.
"Tomaremos decisões soberanas sobre o que podemos ou não fornecer", respondeu. "Outros países tomam as decisões soberanas sobre o que podem fornecer (...) os sistemas de armamentos com os quais os ucranianos estão mais à vontade ou foram treinados para utilizar".
Para além dos Estados Unidos, que até ao momento se recusaram a fornecer à Ucrânia armas designadas como "ofensivas", por receio de suscitar uma escalada do conflito, "14 outros países fornecem o que pode ser considerado como armas ofensivas", acrescentou.
Segundo o diário New York Times, os Estados Unidos vão facilitar o envio para a Ucrânia de tanques de fabrico soviético, designadamente T-72, do género dos que estão a ser utilizados atualmente pelo exército russo na Ucrânia.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.430 civis, incluindo 121 crianças, e feriu 2.097, entre os quais 178 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de dez milhões de pessoas, das quais 4,1 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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