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Dois terços das tropas russas já saíram da região de Kyiv, diz Pentágono

Dois terços das tropas russas que ocupavam a região de Kyiv desde início da invasão da Ucrânia retiraram-se para a Bielorrússia, indicou hoje um alto responsável do Pentágono, admitindo uma reorganização militar antes de novo assalto russo.

Dois terços das tropas russas já saíram da região de Kyiv, diz Pentágono
Notícias ao Minuto

18:47 - 04/04/22 por Lusa

Mundo Rússia/Ucrânia

"Apenas permanecem um terço das forças que foram deslocadas contra Kyiv", precisou aos 'media' o alto responsável, que pediu anonimato.

"Continuamos a vê-los reorganizarem-se na Bielorrússia", acrescentou. "Continuamos a pensar que vão reequipar-se, reaprovisionar-se e talvez mesmo receber reforços, antes de serem reenviados para a Ucrânia, para combater noutro local".

"As nossas conclusões são que serão enviados para o leste do país, para a região do Donbass, mas é apenas a nossa análise, ainda não os vimos começarem a movimentar-se", prosseguiu.

Interrogado sobre a possibilidade de fornecer ao exército ucraniano tanques de fabrico russo, uma hipótese colocada pelos 'media' norte-americanos, o responsável não desmentiu, deixando a entender que estes armamentos poderão ser provenientes de países do antigo bloco soviético.

"Tomaremos decisões soberanas sobre o que podemos ou não fornecer", respondeu. "Outros países tomam as decisões soberanas sobre o que podem fornecer (...) os sistemas de armamentos com os quais os ucranianos estão mais à vontade ou foram treinados para utilizar".

Para além dos Estados Unidos, que até ao momento se recusaram a fornecer à Ucrânia armas designadas como "ofensivas", por receio de suscitar uma escalada do conflito, "14 outros países fornecem o que pode ser considerado como armas ofensivas", acrescentou.

Segundo o diário New York Times, os Estados Unidos vão facilitar o envio para a Ucrânia de tanques de fabrico soviético, designadamente T-72, do género dos que estão a ser utilizados atualmente pelo exército russo na Ucrânia.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.430 civis, incluindo 121 crianças, e feriu 2.097, entre os quais 178 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de dez milhões de pessoas, das quais 4,1 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Kyiv acusa Rússia de "tratamento inumano" contra prisioneiros de guerra

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