Um primeiro ataque do Exército russo às 05:00 (hora de Lisboa) deixou "um morto e cinco feridos, incluindo dois graves", antes de outra ofensiva, em que "nove pessoas morreram e outras 41 ficaram feridas", adiantou o autarca num comunicado, recordando que o número de vítimas ainda pode aumentar.
"Assim, no total, 10 pessoas foram mortas nesses bombardeamentos e 46 ficaram feridas", alertou, indicando que o Exército russo usou bombas de fragmentação.
No domingo, oito pessoas morreram e 34 ficaram feridas em ataques das forças russas em Mykolaiv e Ochakiv, uma cidade a 60 quilómetros a sudoeste, de acordo com o Ministério Público ucraniano.
Hoje, o Ministério Público da Ucrânia adiantou que foram encontrados os corpos de cinco homens com as mãos amarradas na cave de um sanatório infantil em Bucha, região administrativa de Kyiv onde foram realizados massacres contra civis.
Este "civis desarmados", cujos corpos foram desenterrados pelas forças de segurança, foram "espancados" antes de serem "mortos" por "soldados das forças armadas da Federação Russa", referiu a entidade.
Foi aberta uma investigação para apurar as circunstâncias das mortes, acrescentou o gabinete da procuradora Iryna Venediktova.
Dezenas de cadáveres de civis foram descobertos no passado fim de semana em Bucha, nas ruas ou em valas comuns, após a retirada dos militares russos.
Também foram encontrados os corpos da presidente da Câmara Municipal de Motyzhyn, do seu marido, do seu filho e de outros dois homens naquela localidade a oeste de Kyiv, segundo a agência de notícias AFP.
A polícia mostrou aos jornalistas da AFP quatro corpos, incluindo o da autarca, semienterrados num buraco num pinhal, e o corpo de outro homem no fundo.
De acordo com as forças policiais, as cinco pessoas estavam com as mãos amarradas nas costas.
A autarca Olga Sukhenko, de 50 anos, o seu marido e o seu filho foram sequestrados pelas forças russas em 24 de março, segundo a mesma fonte.
Habitantes da vila disseram à AFP que presidente da câmara e o seu marido recusaram-se a colaborar com as forças russas.
Em 11 de março, o presidente da Câmara Municipal de Melitopol, no sul da Ucrânia, foi sequestrado por militares russos e libertado alguns dias depois.
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