Rússia quer "construir uma Eurásia, de Lisboa a Vladivostok"

Alegações são do ex-presidente russo Dmitry Medvedev.

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Notícias ao Minuto
05/04/2022 12:08 ‧ 05/04/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Ucrânia

Um aliado de Putin afirmou, na rede social Telegram, que um dos objetivos da Rússia é criar uma "eurásia de Lisboa a Vladivostok".

A alegação foi feita esta manhã por Dmitry Medvedev, antigo presidente da Rússia e pessoa próxima de Vladimir Putin, na aplicação Telegram.

Na mesma publicação, este reforça a ideia já proclamada pela Rússia de que há simpatizantes nazis na Ucrânia e que os objetivos de Putin - "que não serão levadas a cabo de um dia para o outro" - são a "desmilitarização e a desnazificação da Ucrânia".

"Mudar a consciência sangrenta e cheia de falsos mitos de uma parte dos ucranianos de hoje é o objetivo mais importante. O objetivo é a paz das gerações futuras dos próprios ucranianos e a possibilidade de finalmente construir uma Eurásia, de Lisboa a Vladivostok", acrescenta o ex-chefe de Estado russo.

Segundo recorda a Sky News, a discussão sobre uma zona de comércio livre que se estende desde a capital portuguesa, a mais ocidental da Europa, e Vladivostok, a cidade do extremo oriente russo, onde termina o caminho-de-ferro transiberiano, não é nova tendo sido já discutida anteriormente.

Na mesma publicação, o ex-governante acusa de serem falsas as imagens proliferadas pela Ucrânia, mostrando centenas de mortes em Bucha, junto a Kyiv. "A maternidade de Mariupol, agora Bucha. O que têm eles em comum? São as falsificações ", atira.

Recorde-se que os primeiros relatos de crimes contra civis na cidade ucraniana de Bucha surgiram durante o fim de semana. Segundo as autoridades ucranianas, civis foram violados, torturados e mortos pelas tropas russas. Os ataques têm sido negados pelo Kremlin, que defende que as imagens divulgadas são “falsas”. 

Assinala-se esta terça-feira o 41.º dia da invasão russa da Ucrânia. Pelo menos 2.097 civis morreram e 1.430 ficaram feridos, segundo dados confirmados pela Organização das Nações Unidas (ONU). A guerra já levou à fuga de mais de dez milhões de pessoas, 4,1 milhões das quais para países vizinhos.

Leia Também: Rússia promete retaliar face a expulsões de diplomatas pela Europa

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