Sergei Gaïdaï indicou na rede de mensagens Telegram que o incidente ocorreu perto de Rubizhne, cidade que os militares ucranianos acusam os russos de estarem a tentar dominar.
Na mensagem, o governador não especifica nenhuma área, pelo que o aviso foi interpretado como sendo dirigido a toda a região de Lugansk.
Hoje de manhã, o governador tinha alertado para a probabilidade de "um ataque em grande escala", que disse estar a ser preparado pelas forças russas contras as tropas ucranianas em Lugansk.
"Vemos que os equipamentos [militares] estão a chegar de diferentes direções, que os russos estão a trazer homens, combustível (...). Consideramos que estão a preparar um ataque em grande escala", explicou, através de uma mensagem de vídeo.
Segundo Sergei Gaïdaï, os bombardeamentos das forças russas estão a ficar "cada vez mais fortes".
No domingo à noite, "houve uma tentativa de invadir Rubizhne [perto de Lugansk], mas os nossos defensores repeliram [o ataque], neutralizaram vários tanques e havia dezenas de corpos de soldados russos", referiu o governador na segunda-feira, acrescentando que "a explosão de uma mina ou de um projétil de artilharia matou dois voluntários e uma igreja foi bombardeada, causando ferimentos em dois padres".
Na mensagem de vídeo, o governador de Lugansk exortou os habitantes a saírem daquela região o mais rápido possível, pedido que foi secundado pelo do presidente da câmara de Borova, cidade entre Lugansk e Kharkiv, no nordeste da Ucrânia.
As autoridades ucranianas referiram no sábado que as forças russas estavam a retirar-se das regiões do norte da Ucrânia, em particular ao redor de Kiev, para se deslocarem para o leste e sul do país.
Moscovo indicou na semana passada que passaria a concentrar a sua ofensiva na região do Donbass, onde se localiza Lugansk e que, em grande parte, já está controlada pelos militares russos e aliados separatistas.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.430 civis, incluindo 121 crianças, e feriu 2.097, entre os quais 178 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de dez milhões de pessoas, das quais 4,2 milhões para os países vizinhos.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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