Municípios da Europa pedem redução de relações comerciais com Rússia
O Conselho de Municípios e Regiões da Europa (CMRE) pediu hoje que a Europa rejeite ainda mais relações comerciais com a Rússia e expressou o "maior apoio ao povo ucraniano e aos refugiados".
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Mundo Ucrânia/Rússia
Reunido em Vitoria, Espanha, o conselho pretende que os governos locais da Europa se concertem para mostrar uma "forte condenação aos crimes de guerra que a Rússia está a cometer contra o povo ucraniano", explicou o presidente da câmara de Vitoria e dirigente da associação de municípios bascos (Eudel), Gorka Urtaran.
"Estes crimes representam uma violação dos direitos humanos e dos princípios fundadores da União Europeia. É por isso que hoje os municípios da Europa mostram total unidade e apoio ao povo ucraniano e aos refugiados e exigem um maior veto às relações que a Europa mantém com a Rússia de [Vladimir] Putin", acrescentou.
Por seu lado, a diretora de operações do CMRE, Marlène Siméon, explicou que os municípios europeus colaboram em várias questões como a sustentabilidade, as reformas territoriais e a igualdade de género, mas o que "os une nos últimos dias é o que está a acontecer na Ucrânia".
Siméon lembrou que os membros do conselho incluem a Associação das Cidades Ucranianas e a Associação dos Distritos e Regiões da Ucrânia, com as quais são mantidos "contactos diários".
"A rede de geminação que o CMRE construiu entre municípios e regiões continuará agora com a Ucrânia", assegurou.
O Conselho de Municípios e Regiões da Europa reúne associações de municípios de 40 países europeus, representando 100.000 autarquias locais, e é a mais importante aliança de autarquias da Europa, pela sua implementação e reconhecimento internacional.
A Rússia lançou, em 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.430 civis, incluindo 121 crianças, e feriu 2.097, entre os quais 178 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,24 milhões para os países vizinhos.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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