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NATO. Guerra na Ucrânia pode "durar anos", mas implicações durarão mais

O secretário-geral da organização não quis pormenorizar que tipo de armamento ia ser enviado pelos países aliados.

NATO. Guerra na Ucrânia pode "durar anos", mas implicações durarão mais
Notícias ao Minuto

15:25 - 06/04/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Rússia/Ucrânia

O secretário-geral da NATO disse, esta quarta-feira, aos jornalistas que o "futuro da Ucrânia" ia ser discutido nos próximos dias. 

À chegada ao quartel da NATO, em Bruxelas, Jens Stoltenberg referiu que, apesar de não poder entrar em detalhes quanto ao armamento que os países aliados iam enviar, sistemas de armas e drones iam ser fornecidos pelos países aliados. 

O responsável disse ainda que o apoio que tem sido dado à Ucrânia se nota "todos os dias". 

"Podemos ver as imagens de todos os blindados russos destruídos. Isso é algo que foi feito com armas anti-tanque e armas anti-blindados fornecidas pelos aliados da NATO", explicou.

Reconhecendo a urgência de terminar este conflito, o responsável da NATO admite que é também preciso ser "realista e perceber que [o conflito] pode durar muito tempo, por muitas meses, ou até anos" e que, mesmo quando o conflito terminar, "há muitas implicações" que vão resultar desta guerra.

"Porque temos visto atrocidades e vontade da parte do presidente Putin para usar força militar para atingir os seus objetivos", acrescentou.

Em declarações feitas feitas ontem, Stoltenberg referiu-se à "importância de apoiar a Geórgia", país que foi invadido pela Rússia em 2008.

Questionado sobre o que que quis dizer com essas declarações, o responsável da NATO respondeu que tem que existir apoio aos parceiros que estão a sentir pressão russa, como a Geórgia.

"Para apoiá-los, mais vale antes do que mais tarde", disse, acrescentado que o reforço da segurança e a cibersegurança iam ser um dos temas discutidos nas reuniões de hoje e amanhã com a presença dos ministros dos Negócios Estrangeiros que fazem parte da aliança. Portugal estará representado por João Gomes Cravinho.

"As portas da NATO mantêm-se abertas" para todos os países que quiserem ordem, democracia e estabilidade, disse, referindo que a Rússia "não tem poder de veto" neste assunto.

O responsável recordou ainda o momento em que a Rússia anexou a Crimeia, em 2014, dizendo que essa foi uma "chamada de atenção" para a NATO. "Por isso a NATO estava bem preparada para quando a Rússia invadiu a Ucrânia pela segunda vez, e no dia da invasão, ativámos os nossos planos de defesa  e milhares de tropas deslocaram-se para a parte leste da aliança", referiu. 

[Atualizado às 14h52]

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