NATO. Guerra na Ucrânia pode "durar anos", mas implicações durarão mais
O secretário-geral da organização não quis pormenorizar que tipo de armamento ia ser enviado pelos países aliados.
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Mundo Rússia/Ucrânia
O secretário-geral da NATO disse, esta quarta-feira, aos jornalistas que o "futuro da Ucrânia" ia ser discutido nos próximos dias.
À chegada ao quartel da NATO, em Bruxelas, Jens Stoltenberg referiu que, apesar de não poder entrar em detalhes quanto ao armamento que os países aliados iam enviar, sistemas de armas e drones iam ser fornecidos pelos países aliados.
O responsável disse ainda que o apoio que tem sido dado à Ucrânia se nota "todos os dias".
"Podemos ver as imagens de todos os blindados russos destruídos. Isso é algo que foi feito com armas anti-tanque e armas anti-blindados fornecidas pelos aliados da NATO", explicou.
Reconhecendo a urgência de terminar este conflito, o responsável da NATO admite que é também preciso ser "realista e perceber que [o conflito] pode durar muito tempo, por muitas meses, ou até anos" e que, mesmo quando o conflito terminar, "há muitas implicações" que vão resultar desta guerra.
"Porque temos visto atrocidades e vontade da parte do presidente Putin para usar força militar para atingir os seus objetivos", acrescentou.
Em declarações feitas feitas ontem, Stoltenberg referiu-se à "importância de apoiar a Geórgia", país que foi invadido pela Rússia em 2008.
Questionado sobre o que que quis dizer com essas declarações, o responsável da NATO respondeu que tem que existir apoio aos parceiros que estão a sentir pressão russa, como a Geórgia.
"Para apoiá-los, mais vale antes do que mais tarde", disse, acrescentado que o reforço da segurança e a cibersegurança iam ser um dos temas discutidos nas reuniões de hoje e amanhã com a presença dos ministros dos Negócios Estrangeiros que fazem parte da aliança. Portugal estará representado por João Gomes Cravinho.
"As portas da NATO mantêm-se abertas" para todos os países que quiserem ordem, democracia e estabilidade, disse, referindo que a Rússia "não tem poder de veto" neste assunto.
O responsável recordou ainda o momento em que a Rússia anexou a Crimeia, em 2014, dizendo que essa foi uma "chamada de atenção" para a NATO. "Por isso a NATO estava bem preparada para quando a Rússia invadiu a Ucrânia pela segunda vez, e no dia da invasão, ativámos os nossos planos de defesa e milhares de tropas deslocaram-se para a parte leste da aliança", referiu.
[Atualizado às 14h52]
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