O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, revelou, esta quarta-feira, que “sugeriu” ao presidente russo, Vladimir Putin, que implementasse um “cessar-fogo imediato” na Ucrânia e que o convidou para uma visita à capital húngara, Budapeste, para uma reunião com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, e outros líderes europeus.
“Sugeri ao presidente Putin que declarasse um cessar-fogo imediato”, afirmou Orbán, em conferência de imprensa, citado pela agência de notícias AFP. “A sua resposta foi positiva, mas com condições”.
O líder húngaro revelou ainda que convidou Putin para uma visita a Budapeste, juntamente com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, o presidente francês, Emannuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz.
Sublinhe-se que Orbán, após ser reeleito para um quarto mandato no domingo, descreveu o presidente ucraniano e a União Europeia como “adversários” com os quais o seu partido, o Fidesz, teve de “lutar”. Orbán, conhecido como um aliado do presidente russo, esteve sob escrutínio público durante toda a campanha eleitoral, especialmente por não autorizar a passagem de armamento para a Ucrânia através de territórios húngaros.
Questionado pela agência de notícias Reuters sobre a disponibilidade da Hungria em pagar gás russo em rublos, Orbán afirmou que “não cederá” à pressão para apoiar as sanções contra a Rússia da União Europeia e pagará em rublos se Putin assim o exigir.
Assinala-se esta quarta-feira o 42.º dia da invasão russa da Ucrânia. Pelo menos 2.195 civis morreram e 1.480 ficaram feridos, segundo dados confirmados pela Organização das Nações Unidas (ONU). A guerra já levou à fuga de mais de 11 milhões de pessoas, 4,1 milhões das quais para países vizinhos.
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