O governo polaco criou um guia prático de resposta a crises, nomeadamente caso aconteça uma guerra, para os cidadãos saberem o que fazer e como se abrigar.
A Polónia tem sido um dos principais pontos de fuga para os ucranianos que fogem da guerra na Ucrânia, tendo acolhido mais de metade dos 4,2 milhões de pessoas que saíram até agora do país.
O governo negou que o plano foi feito pensado nos acontecimentos em solo ucraniano, especialmente nas cidades cercadas pelas tropas russas, e disse que estava obrigado por lei a criar um documento para vários cenários além de uma potencial guerra, nomeadamente cheias e nevões mais intensos.
Citado pela Sky News, o plano explica às pessoas o que fazer em caso de bombardeamentos, deixe bombas convencionais a armas químicas ou mesmo nucleares.
O guia do governo também alerta as pessoas para armazenarem água potável, comida, medicamentos, baterias e fontes de luz com fogo, caso haja um corte na eletricidade.
Nos últimos dias, o governo polaco manifestou-se pronto a receber armas nucleares norte-americanas e da NATO, mas a Rússia advertiu que isso seria uma escalada de tensão muito grande no leste europeu.
A Polónia faz parte da NATO e da União Europeia, mas isso não impede que haja receios por parte da população e do governo polaco sobre um possível ataque russo. O país faz fronteira, não só com a Ucrânia, mas também com a Bielorrússia, o principal aliado do Kremlin e onde estão estacionadas várias divisões russas.
Além disso, as bombas russas já estiveram bem próximas da Polónia. Durante a visita do presidente Joe Biden ao país - um discurso que ficou famoso por Biden ter sugerido uma mudança de poder na Rússia -, a cidade de Lviv, a cerca de 70 quilómetros da fronteira com a Polónia, foi atacada com três ataques aéreos.
A Rússia tem sempre negado quaisquer intenções em atacar outros países além da Ucrânia, mas a Moldova, a Polónia, a Roménia e os países Bálticos expressaram preocupação em vários momentos da guerra, acreditando que Moscovo poderá não se ficar pela Ucrânia, caso ganhe o conflito.
A guerra na Ucrânia já fez mais de 1.500 mortos civis, segundo dados da Organização das Nações Unidas, que alerta, contudo, que o valor real poderá ser muito superior.
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