"Os Aliados estão a fazer muito e estão determinados a fazer mais, no imediato e a longo prazo, para ajudar os valentes ucranianos a defender as suas casas e o país e a expulsar as forças invasoras", disse Stoltenberg, em conferência de imprensa no final de uma reunião dos chefes da diplomacia da NATO, em que participou o ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) ucraniano, Dmytro Kuleba.
Stoltenberg acrescentou ainda que da reunião dos MNE da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla inglesa) saiu "uma mensagem clara" de que os Aliados "devem fazer mais e estão prontos para fazer mais, percebem e reconhecem a urgência".
De acordo com o secretário-geral da NATO, os ministros concordaram em fornecer "equipamento para ajudar a Ucrânia a proteger-se contra ameaças químicas e biológicas" e a dar auxílio na área da cibersegurança.
Sem querer entrar em pormenores, Stoltenberg garantiu que a Ucrânia está a receber material militar, incluindo "equipamento moderno" que está a usar na sua defesa, "um direito que está consagrado na Carta das Nações Unidas".
"Os Aliados estão a fornecer diferentes tipos de armamento e vemos o impacto que as armas estão a ter diariamente no terreno de batalha. Os ucranianos têm conseguido infligir perdas importantes nas forças invasoras russas", salientou.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.563 civis, incluindo 130 crianças, e feriu 2.213, entre os quais 188 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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