"Há mais vítimas" do que em Bucha, avançou Zelensky num vídeo de atualização das movimentações bélicas do último dia.
As redes sociais começaram esta noite a mostrar a situação caótica deixada pelos soldados russos após a retirada de Borodianka onde, ao contrário de Bucha, havia muitos desaparecidos mas não se encontravam cadáveres, apesar dos danos materiais causados aos edifícios.
Ao início da noite, no entanto, a procuradora-geral ucraniana Iryna Venediktova adiantou que foram encontrados 26 corpos nos escombros de dois edifícios habitacionais de Borodianka.
"É a cidade mais destruída da região. Só dos escombros de dois prédios de apartamentos bombardeados foram retirados 26 corpos. É difícil prever quantos mortos existirão", escreveu Iryna Venediktova na rede social Facebook.
Zelensky acrescentou ainda, no Twitter, que a suspensão da Rússia do Conselho dos Direitos Humanos da ONU decidida hoje pela maioria dos países membros era um passo importante para a resolução do conflito.
"Este é mais um castigo pela agressão da Rússia contra a Ucrânia. Grato pela solidariedade. Devemos prosseguir a pressão coordenada sobre a Rússia em todos os fóruns internacionais. Obriguemos juntos a Rússia a procurar a paz!", escreveu o presidente ucraniano.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.611 civis, incluindo 131 crianças, e feriu 2.227, entre os quais 191 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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