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Kremlin nega autoria do ataque a estação ferroviária de Kramatorsk

O ataque, ocorrido numa altura em que cerca de quatro mil pessoas tentavam sair da região em conflito, provocou a morte a mais de 35 pessoas e feriu outras 100.

Kremlin nega autoria do ataque a estação ferroviária de Kramatorsk
Notícias ao Minuto

12:22 - 08/04/22 por Márcia Guímaro Rodrigues com Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

O governo russo negou, esta sexta-feira, o seu envolvimento num ataque com mísseis à estação ferroviária de Kramatorsk, na região separatista do Donetsk, no leste da Ucrânia.

Segundo a agência de notícias Reuters, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou aos jornalistas que as tropas russas não tinham missões programadas na região de Kramatorsk para esta sexta-feira.

Também o Ministério da Defesa da Rússia negou ser responsável pelo ataque e diz que o míssil utilizado para o ataque era de um tipo utilizado apenas por militares ucranianos

"Todas as acusações de representantes do regime nacionalista de Kiev de que a Rússia realizou um ataque com mísseis na estação ferroviária de Kramatorsk são uma provocação e não correspondem à verdade", disse o Ministério da Defesa, num comunicado publicado na sua página oficial na rede de mensagens Telegram.

"As forças armadas russas não tinham qualquer missão de ataque planeada para 08 de abril na cidade de Kramatorsk", acrescentou o ministério russo.

"Sublinhamos que os mísseis táticos Tochka-U, cujos restos foram encontrados nas proximidades da estação de Kramatorsk e [cujas imagens] foram divulgadas por testemunhas, são usados apenas pelas forças armadas ucranianas", adiantou ainda.

A suspeita levantada pelo Ministério da Defesa russo foi secundada por uma acusação mais direta feita pelas milícias pró-Rússia de Donetsk, leste da Ucrânia, que apontaram o dedo diretamente a Kiev, referindo que a responsabilidade do ataque foi das forças ucranianas.

"O exército ucraniano atacou Kramatorsk", afirmou o gabinete de defesa territorial das milícias, citado pela agência Interfax.

Kramatorsk é considerada a base militar ucraniana da região de Donetsk, situada na região de Donbass.

Também os separatistas referiram que o ataque foi realizado com mísseis táticos Tochka-U, cujos fragmentos caíram nas proximidades da estação de comboios, garantindo que o exército russo não possui este tipo de mísseis.

O ataque, ocorrido numa altura em que cerca de quatro mil pessoas tentavam sair da região em conflito, provocou a morte a mais de 35 pessoas e feriu outras 100.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, condenou o “ataque indiscriminado”, que descreveu como “mais uma tentativa de fechar vias de saída para aqueles que fogem desta guerra injustificada e de causar sofrimento humano”. Por sua vez, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, apelou a “mais sanções contra a Rússia” devido ao ataque.

Assinala-se, esta sexta-feira, o 44.º dia da invasão russa da Ucrânia. Pelo menos 1.611 civis, incluindo 131 crianças, morreram e 2.227 ficaram feridos desde o início da ofensiva militar na Ucrânia, segundo dados confirmados pela ONU. Mais de 11 milhões de pessoas já abandonaram o país, 4,3 milhões dos quais fugiram para países vizinhos.

[Notícia atualizada às 12h37]

Leia Também: "Este é um mal que não tem limites". Zelensky reage a Kramatorsk

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