O governador de Lugansk, Serhiy Gaidai, alertou este sábado para a necessidade de se proceder à retirada de mais pessoas da região de Lugansk, numa altura em que têm aumentado os bombardeamentos sobre a zona, que conta com uma cada vez maior presença das tropas russas.
Citada pela Reuters, a mesma fonte indicou que cerca de 30% dos residentes locais ainda permanecem em cidades e aldeias da região, tendo alertado para a necessidade de evacuação da região.
"Eles [russos] estão a reunir forças para uma ofensiva e vemos que o número de bombardeamentos aumentou", disse Gaidai, em declarações proferidas a uma emissora pública de televisão.
A Ucrânia tem vindo, efetivamente, a reportar que a Rússia tem planos para intensificar os ataques no leste e sul do país, após a retirada das tropas localizadas a norte da capital ucraniana, Kyiv. Os Estados Unidos, por sua vez, informaram esta semana que Moscovo pode estar a planear o envio de dezenas de milhares de soldados para o leste da Ucrânia.
Para este sábado, de acordo com a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, terá sido acordado o estabelecimento de 10 corredores humanitários, concebidos para permitir a evacuação de algumas das cidades mais afetadas pelo conflito. Um deles prevê contribuir para fuga de pessoas da cidade sitiada de Mariupol - embora apenas através de transporte privado.
O Ministério da Defesa russo disse, também este sábado, ter transportado mais de 80 residentes para fora de Mariupol na sexta-feira, segundo noticiado pela agência russa RIA. "Todas as pessoas foram levadas para lugares seguros", informou a RIA, citando uma declaração do mesmo Ministério. "Os residentes que sofreram de bombardeamentos receberam ajuda médica qualificada por parte de militares russos", acrescentou.
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