Dezenas de civis ucranianos terão sido encontrados, no sábado, numa nova vala comum em Buzova, uma aldeia localizada nas proximidades da capital ucraniana, Kyiv, e que esteve sob controlo russo durante semanas. A informação foi avançada por um funcionário local, citado pela agência Reuters.
Taras Didych, chefe da comunidade de Dmytrivka, que compreende Buzova e várias outras aldeias próximas, adiantou em declarações à televisão ucraniana que os corpos foram encontrados numa vala comum perto de uma estação de serviço. O número de mortos encontrados na mesma ainda não foi confirmado.
"Agora, estamos a regressar à vida, mas durante a ocupação tivemos os nossos 'pontos quentes'; muitos civis morreram", relatou a mesma fonte.
As forças russas estiveram, nas primeiras semanas de combate, envolvidas numa ofensiva contra Kyiv. Na sequência disso mesmo, localidades em torno da capital, como é o caso de Makariv, Bucha, Irpin e Dmytrivka, foram altamente impactadas pela presença do exército de Moscovo.
No início deste mês de abril, os meios de comunicação locais tinham já relatado várias baixas em Buzona e nas proximidades - tendo sido, na altura, descobertos cerca de 30 corpos.
Com a maioria das cidades e aldeias em redor de Kyiv a terem sido reconquistadas pelas autoridades ucranianas, a descoberta de valas comuns e de baixas civis desencadearam uma onda de condenação internacional, em particular no que toca às mortes na cidade de Bucha, a noroeste da capital.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.626 civis, incluindo 132 crianças, e feriu 2.267, entre os quais 197 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,4 milhões para os países vizinhos.
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