Lituânia vai treinar exército ucraniano no uso de armas ocidentais
As Forças Armadas lituanas começarão em breve a treinar soldados do exército ucraniano na Lituânia no uso de armas e equipamento ocidentais.
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Mundo Ucrânia
O tenente-general Valdemaras Rupsys, comandante das Forças Armadas lituanas, fez hoje o anúncio numa conferência de imprensa conjunta com o Chefe do Estado-Maior do Exército dos Estados Unidos, general James C. McConville, noticiou a imprensa.
"As Forças Armadas lituanas organizarão formação para soldados ucranianos na Lituânia, durante a qual os instrutores serão treinados na utilização de armamento e equipamento ocidental", disse o oficial lituano.
O comandante lituano disse que a formação de instrutores na utilização de armas e equipamentos ocidentais mais sofisticados começará "em breve" e permitirá aos soldados ucranianos formados na Lituânia treinar mais membros das forças armadas ucranianas quando regressarem à Ucrânia.
De acordo com os meios de comunicação social locais, Valdemaras Rupsys observou que a incapacidade de utilizar muita da tecnologia ocidental tem até agora limitado o apoio à Ucrânia em termos de fornecimento de armas ocidentais apenas a armas que os soldados podem já estar a utilizar ou podem aprender rapidamente a utilizar.
Algumas armas ocidentais atualmente utilizadas pelas forças armadas ucranianas contra a invasão russa, como os mísseis antitanque Javelin, foram fornecidas à Ucrânia algum tempo antes do início da guerra.
Outros sistemas, como os mísseis antiaéreos Stinger, são fáceis de aprender a usar, tal como as armas antitanque mais simples, que podem ser aprendidas em poucas horas.
Valdemaras Rupsys não revelou, contudo, quais os sistemas de armas que os ucranianos serão ensinados a utilizar.
De acordo com a informação disponível na internet, as forças armadas lituanas utilizam artilharia de propulsão própria alemã, obuses dos Estados Unidos, e radares antiaéreos e sistemas de mísseis da Noruega e Suécia, com os quais o exército ucraniano tem pouca familiaridade.
As forças ucranianas ainda estão em grande parte dotadas de equipamento militar pesado de conceção soviética, parte do qual foi modernizado e melhorado desde que a Ucrânia recuperou a sua independência.
Quando a União Soviética se desintegrou, a Ucrânia conservou uma parte considerável da indústria militar soviética, incluindo instalações para o fabrico de tanques e outros veículos blindados, bem como aviões de transporte militar.
A Ucrânia também fabrica os seus próprios mísseis antitanque para as suas forças e para exportação.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.793 civis, incluindo 176 crianças, e feriu 2.439, entre os quais 336 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,5 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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