"Durante os próximos dois meses, o nosso C-130 irá juntar-se a uma cadeia de aviões militares de nações parceiras que viajarão pela Europa, através do Reino Unido, transportando equipas e suprimentos muito necessários para centros de distribuição chave, mas em momento algum entrarão na Ucrânia", disse a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, em comunicado.
O governo também anunciou uma contribuição de 13 milhões de dólares neozelandeses (8,2 milhões de euros) para a aquisição de armas e munições, e para pagar o acesso a satélites comerciais pelos Serviços Secretos de Defesa ucranianos.
"O nosso apoio é ajudar os militares ucranianos a repelir uma invasão russa brutal, porque a paz na região europeia é essencial para a estabilidade global", disse Ardern.
A Nova Zelândia, que já contribuiu com fundos no valor de 30 milhões de dólares neozelandeses (18,8 milhões de euros) e destacou um total de 67 pessoas para ajudar a Ucrânia, já tinha oferecido assistência na área dos serviços de informação militar e equipamento não letal.
O país, que apoia o apelo a uma investigação sobre alegados crimes de guerra atribuídos à Rússia, também forneceu assistência humanitária e um programa de abrigo temporário para os familiares dos ucranianos que vivem no país.
A Nova Zelândia já impôs sanções contra 460 indivíduos e entidades russas, incluindo o Presidente, Vladimir Putin, e vai igualmente aplicar uma taxa de 35% sobre todas as importações da Rússia a partir de 25 de abril, bem como alargar a proibição das exportações de bens industriais para a Rússia.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.793 civis, incluindo 176 crianças, e feriu 2.439, entre os quais 336 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,5 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
Leia Também: A Ucrânia "venceu a batalha em Kyiv", dizem os EUA