Rússia anuncia destruição de sistema de defesa fornecido pelo Ocidente
As Forças Armadas russas reivindicaram hoje a destruição de sistemas de mísseis de defesa aérea fornecidos pelo Ocidente à Ucrânia, além de instalações militares no leste e sul do país.
© Getty Images
Mundo Ucrânia
No balanço diário sobre a guerra iniciada há 47 dias, o porta-voz do Ministério da Defesa russo, general Igor Konashenkov, disse que os militares utilizaram mísseis de cruzeiro Kalibr lançados do mar para destruir quatro lançadores de mísseis S-300 na periferia sul da cidade de Dnipro, no domingo.
Konashenkov referiu que a Ucrânia recebeu os sistemas de defesa aérea de um país europeu, que não identificou.
A alegação de Konashenkov não pôde ser verificada de forma independente, segundo a agência de notícias norte-americana Associated Press (AP).
Na semana passada, a Eslováquia disse ter entregado sistemas S-300 de conceção soviética à Ucrânia, que pediu ao Ocidente que lhe desse mais armas, incluindo sistemas de defesa aérea de longo alcance.
Numa declaração divulgada no domingo, o gabinete do primeiro-ministro eslovaco, Eduard Heger, qualificou como desinformação a notícia de que os russos tinham destruído o sistema S-300 entregue pelo país à Ucrânia.
Não ficou claro se ambos os lados se estão a referir ao mesmo ataque aéreo, dado que os russos visaram sistemas de defesa antimísseis em três locais diferentes nos últimos dias.
No 'briefing' à imprensa, o general Konashenkov anunciou que mísseis de alta precisão lançados perto da cidade de Velyka Novosilka, na região de Donetsk, destruíram uma base de reparação de armas e equipamento militar das forças de defesa aérea ucranianas durante a noite.
Konashenkov disse também que ataques de alta precisão nas áreas das localidades de Vozdvyzhenka e Ivanovka, na mesma região, eliminaram nove tanques, cinco canhões autopropulsores 2S3 Acacia e cinco sistemas de foguete de lançamento múltiplo BM-21 Grad, segundo a agência espanhola EFE.
Os sistemas russos de defesa aérea também terão abatido dois aviões Su-25 ucranianos no ar perto da cidade de Izium, na região de Kharkov, controlada por tropas russas, o que é fundamental para o seu avanço em direção às fronteiras administrativas controladas pelo exército ucraniano no Donbass.
Na mesma região da Ucrânia oriental, as forças russas destruíram três 'drones' (aeronaves não tripuladas).
No sul, a Rússia disse ter eliminado um veículo não tripulado, dois depósitos de munições, um radar para iluminação e orientação do sistema de mísseis antiaéreos S-300, e um helicóptero militar Mi-24.
A guerra começou em 24 de fevereiro, quando Moscovo invadiu a Ucrânia após ter concentrado dezenas de milhares de tropas no lado russo da fronteira com o país vizinho, bem como do lado da Bielorrússia, um país aliado de Moscovo.
Desde então, os combates mataram milhares de civis e militares, num balanço ainda por confirmar, e destruíram várias cidades e infraestruturas na Ucrânia.
Mais 11 milhões de pessoas fugiram dos seus locais de residência, incluindo 4,5 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
As Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A comunidade internacional reagiu à invasão da Ucrânia com sanções económicas e políticas contra a Rússia e o fornecimento de armas e de apoio humanitário às autoridades de Kiev.
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