Volodymyr Zelensky e Macky Sall veem diálogo como solução para guerra

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o presidente da União Africana (UA), Macky Sall, concordaram esta segunda-feira, durante uma conversa telefónica, que o diálogo é a "solução" para terminar com a invasão russa da Ucrânia.

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Lusa
11/04/2022 23:59 ‧ 11/04/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

O também chefe de Estado do Senegal agradeceu, através da rede social Twitter, o diálogo promovido por Zelensky e revelou que o governante ucraniano manifestou intenção de se dirigir à UA.

"Discutimos o impacto da guerra na Ucrânia na economia mundial e a necessidade de focar no diálogo para uma solução negociada do conflito", acrescentou o Presidente senegalês.

Este diálogo ocorre na sequência das várias intervenções que Zelensky tem promovido em parlamentos e eventos internacionais, para solicitar apoio à Ucrânia durante a guerra com a Rússia.

Em 09 de março, Macky Sall tinha dialogado com o Presidente russo, Vladimir Putin, a quem pediu um "cessar-fogo duradouro" na Ucrânia e manifestou a "disponibilidade para manter o diálogo para uma solução negociada para o conflito".

Quer a ONU, quer outras organizações internacionais já alertaram que a guerra está a agravar a situação alimentar a nível mundial, afetando regiões vulneráveis, inclusive no continente africano.

Outro efeito da guerra na Ucrânia para a África é uma queda acentuada na ajuda internacional, já que muitos doadores indicaram que vão cortar o seu financiamento para o continente africano, devido às necessidades do país europeu.

No final de fevereiro, Sall tinha condenado o racismo denunciado por cidadãos africanos quando tentava sair da Ucrânia após a invasão russa.

Em 24 de março, de um total de 140 países que votaram na Assembleia Geral da ONU uma resolução em que era pedido à Rússia a cessação imediata das hostilidades contra a Ucrânia, 20 dos 38 que se abstiveram eram países africanos e entre os cinco que votaram contra, um (Eritreia) era africano.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.842 civis, incluindo 148 crianças, e feriu 2.493, entre os quais 233 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,5 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Ucrânia. Opositor russo que condenou ofensiva militar detido em Moscovo

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