Esta é a primeira viagem de representantes políticos alemães à Ucrânia desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro.
O trio é formado pelos presidentes dos comités de Defesa, Marie-Agnes Strack-Zimmermann (Liberal), de Negócios Estrangeiros, Michael Roth (SPD), e de Assuntos Europeus, Anton Hofreiter (Verdes), dos três partidos da coligação governamental.
"Já estão a caminho da Ucrânia", indicaram as comitivas de dois dos deputados alemães, sem querer dar mais detalhes sobre o local do encontro "por razões de segurança".
De acordo com informações do semanário Der Spiegel, os três representantes da Alemanha vão reunir-se com deputados de Kiev em resposta a um convite dos deputados ucranianos.
Os presidentes desses comités-chave da câmara baixa do parlamento alemão (Bundestag) declararam-se a favor da entrega de armas pesadas a Kiev, em particular de tanques, enquanto Olaf Scholz se mostrou mais reservado.
A ministra alemã dos Negócios Estrangeiros, a ambientalista Annalena Baerboock, também pediu que sejam entregues esse tipo de armas à Ucrânia.
"A Ucrânia deve estar em posição de força e com capacidade de se defender para negociar com a Rússia", argumentou, pedindo uma decisão rápida da NATO sobre a entrega de armas pesadas.
Após recentes visitas a Kiev da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ou do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, algumas vozes -- vindas sobretudo da oposição conservadora -- levantaram-se na Alemanha pedindo a Olaf Scholz que faça o mesmo.
"Gostaria que o nosso chanceler seguisse este exemplo e tivesse uma ideia da situação no local", sublinhou o conservador Roderich Kiesewetter, especialista em política externa.
Mais mordaz, o diário Bild foi irónico neste fim de semana ao comentar uma viagem do chanceler ao norte da Alemanha, para um comício eleitoral regional, enquanto "o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, caminhava lado a lado com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyi, por Kiev".
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