"O perigo esteve sempre lá" em relação a Putin, considera Obama
Para o antigo presidente norte-americano, a invasão da Ucrânia mostra a "impulsividade" do presidente russo, que sempre representou um perigo para a ordem mundial.
© Getty Images
Mundo Ucrânia/Rússia
O antigo presidente norte-americano, Barack Obama, considera que o homólogo russo, Vladimir Putin, sempre representou um perigo para a ordem mundial. Ainda assim, a atual invasão da Ucrânia é uma nova abordagem por parte do chefe de estado russo, que poderia não ter acontecido há uns anos.
“Putin sempre foi implacável para com o seu próprio povo, bem como com outros”, disse o antigo chefe de estado norte-americano, em entrevista ao programa The Today Show, da NBC.
Na ótica de Obama, o presidente russo “sempre foi alguém ‘embrulhado’ num sentido distorcido de mágoa e de nacionalismo étnico”.
“Essa parte de Putin creio que sempre esteve lá”, complementou, ainda que considere que a nova abordagem do chefe de estado russo, com a invasão da Ucrânia, poderia não ter acontecido há uns anos.
“O que estamos a ver com a invasão da Ucrânia é [Putin] a ser impulsivo de uma forma que poderíamos não ter antecipado há oito, dez anos, mas o perigo esteve sempre lá”, esclareceu.
Questionado quanto se poderia ter tomado outras medidas no momento da anexação da Crimeia, em 2014, Obama adiantou que “as situações são diferentes”, mas que a administração atual está a “fazer o que é necessário”.
“Penso que estamos constantemente a ter alertas do porquê de ser tão importante de não darmos a nossa democracia como garantida, do porquê de ser tão importante alinharmo-nos com aqueles que acreditam na liberdade e na independência, e considero que a administração atual está a fazer o que é necessário”, acrescentou.
Recorde-se que a Rússia lançou uma ofensiva militar na Ucrânia a 24 de fevereiro, que matou pelo menos 1.842 civis, incluindo 148 crianças, e feriu 2.493, entre os quais 233 menores, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas.
Além disso, o conflito já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,5 milhões para os países vizinhos.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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