Expulsão de diplomatas da UE na Rússia é "injustificada"
O porta-voz do executivo comunitário para a Política Externa considera que a decisão trata-se de uma "retaliação pura que irá apenas aumentar o isolamento da Rússia".
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Mundo Ucrânia/Rússia
Reagindo ao anúncio da expulsão de 18 diplomatas da missão da União Europeia (UE) na Rússia, o porta-voz do executivo comunitário para a Política Externa, Peter Stano, declarou a mesma como "injustificada", considerando tratar-se de "retaliação pura que irá apenas aumentar o isolamento da Rússia".
"A UE lamenta a decisão injustificada e sem fundamento da Rússia de expulsar 18 membros da Delegação da União Europeia na Rússia. Os diplomatas da UE em questão exercem as suas funções no quadro da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas e no pleno respeito pela mesma", indica o responsável, em comunicado.
Stano considera que esta decisão "sem fundamento" não passa de uma "retaliação pura que irá apenas aumentar o isolamento da Rússia" a nível internacional, reforçando, uma vez mais, o apelo da UE para que o país coloque termo "à sua agressão contra a Ucrânia e volte a respeitar as regras internacionais", e que adote uma "abordagem de cooperação nas suas relações internacionais".
Russia: 🇪🇺 deplores unjustified, baseless decision by 🇷🇺 to expel 18 members of @EUinRussia pure retaliation & will only deepen 🇷🇺's isolation. 🇪🇺 strongly calls on Kremlin to return to respecting intl. rules & cooperative approach to intl. relations https://t.co/ywQxGoLhLs
— Peter Stano (@ExtSpoxEU) April 15, 2022
Esta sexta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo anunciou ter declarado 18 diplomatas da missão da UE no país como 'persona non grata', perante a expulsão de diplomatas russos de vários países europeus.
"Em resposta às ações hostis da UE, 18 funcionários da sua missão na Rússia foram declarados 'persona non grata' e terão de deixar o território da Federação Russa o mais rápido possível. Foi entregue uma nota nesse sentido [ao chefe da missão da UE em Moscovo, Markus] Ederer", informou o organismo, em comunicado.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já matou quase dois mil civis, incluindo cerca de 150 crianças, segundo dados da Organização das Nações Unidas, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo - incluído a expulsão dos diplomatas russos de diversos países europeus.
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