Rússia ordena rendição das tropas ucranianas em Mariupol
Ministério da defesa russo diz que defensores da cidade devem render-se ou "morrerão".
© Leon Klein/Anadolu Agency via Getty Images
Mundo Ucrânia/Rússia
O Ministério da Defesa da Rússia emitiu um ultimato às forças ucranianas que ainda lutam na cidade sitiada de Mariupol para que se rendam a partir das 6h de domingo (hora de Moscovo), informou a agência noticiosa estatal TASS.
"A única hipótese de salvarem as suas vidas é entregarem volutariamente as suas armas e renderem-se", citou a Reuters.
As vidas dos que se renderem serão poupadas, disse o ministério.
A Rússia tinha dito, anteriormente, que todas as áreas urbanas da cidade foram liberadas das forças da Ucrânia, restando apenas um bolsão de combatentes, bloqueado na siderúrgica Azovstal.
Segundo o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Mikhail Mizintsev, a situação é "catastrófica".
Hoje, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, admitiu que a situação em Mariupol é "extremamente grave", mas não abordou as alegações da Rússia de ter retirado tropas de toda a área urbana.
A cidade portuária de Mariupol, junto ao mar de Azov, é um dos principais objetivos russos para conseguir o controlo total da região do Donbass e formar um corredor terrestre no leste do país a partir da península da Crimeia, anexada em 2014.
A ofensiva militar lançada na madrugada de 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e "desmilitarizar" a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 52.º dia, já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito mais elevado.
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