Josep Borrell, Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, condenou esta segunda-feira o “contínuo bombardeamento indiscriminado e ilegal de civis e infraestruturas” ucranianas pelas Forças Armadas russas.
Num comunicado, publicado no site da União Europeia (UE), o responsável lembrou que a “Ucrânia está a ser atingida pelos ataques de mísseis” há semanas, incluindo os “ataques particularmente pesados nos últimos dias no leste e no sul” do país. “As principais cidades, incluindo Kharkiv, continuam a ser atacadas indiscriminadamente, causando mais destruição de vidas civis e infraestruturas”, apontou.
“Os ataques a Lviv mostram que nenhuma parte do país está livre dos ataques sem sentido do Kremlin”, sublinhou Borrell, acrescentando que a UE “apoia ativamente” a ação do Tribunal Penal Internacional para assegurar a responsabilidade dos que violaram os “direitos humanos” e a “lei internacional humanitária”.
“Não pode haver impunidade para crimes de guerra”, afirmou Borrell, que assegurou que a UE “elogia a força, coragem e resistência do povo ucraniano para resistir à agressão da Rússia”.
“A Rússia deve cessar imediata e incondicionalmente as hostilidades e retirar todas as forças e equipamentos militares da Ucrânia”, reiterou.
As tropas russas atacaram esta manhã a cidade de Lviv. De acordo com o governador da cidade, pelo menos sete pessoas morreram nos ataques.
Esta tarde, o exército da Rússia revelou que destruiu um grande depósito de armas entregues à Ucrânia nos últimos dias, que estavam armazenadas perto de Lviv.
Segundo avançou a agência de notícias AFP, que cita o Ministério da Defesa russo, o país revela que os seus aviões atingiram esta manhã um centro de logística ucraniano que continha “grandes lotes de armas estrangeiras, entregues à Ucrânia nos últimos seis dias pelos Estados Unidos e países europeus”.
#BREAKING Russia says destroyed large weapons depot near Lviv pic.twitter.com/EeHxB22NAm
— AFP News Agency (@AFP) April 18, 2022
Assinala-se, esta segunda-feira, o 54º dia da invasão russa da Ucrânia. Pelo menos 2.072 civis morreram e 2.818 ficaram feridos, segundo dados confirmados pela Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta que o número real pode ser muito maior.
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