Ucrânia "já teria encerrado esta guerra" se tivesse as armas da Rússia
O presidente ucraniano afirma que “é injusto que a Ucrânia ainda seja forçada a pedir” as armas que os seus parceiros “armazenam algures há anos”.
© Getty Images
Mundo Volodymyr Zelensky
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, considerou, esta, terça-feira, que a Ucrânia “já teria encerrado” a guerra contra a Rússia se tivesse acesso às mesmas armas do que a Rússia.
“Se tivéssemos acesso a todas as armas que precisamos, que os nossos parceiros têm e que são comparáveis às armas usadas pela Federação Russa, já teríamos encerrado esta guerra”, frisou Zelensky, que destaca a “superioridade bastante óbvia dos militares ucranianos em tática e sabedoria”.
Num balanço diário, publicado no site da presidência ucraniana, Zelensky afirmou que “é injusto que a Ucrânia ainda seja forçada a pedir” as armas que os seus parceiros “armazenam algures há anos”. “Se eles têm as armas que a Ucrânia precisa aqui, precisa agora, se eles têm as munições que nós precisamos aqui e agora, é o seu dever moral, em primeiro lugar, ajudar a proteger a liberdade. Ajudar a salvar a vida de milhares de ucranianos”, frisou.
E acrescentou: “Se tivéssemos recebido o que estamos a receber agora na primeira semana da guerra, o benefício para a Ucrânia e para a liberdade na Europa seria maior, tenho a certeza. E se conseguirmos o que alguns parceiros planeiam entregar nas próximas semanas, a vida de milhares de pessoas será salva”.
Por isso, é imperativo que os parceiros do país “entendam que todos os dias são importantes” e que “qualquer atraso em ajudar a Ucrânia dá aos ocupantes a oportunidade de matar mais ucranianos”.
Na comunicação diária, Zelensky acusou o exército russo de ser “o mais bárbaro e desumano do mundo” e alertou que será assim que as tropas russas ficarão conhecidas na História mundial. “Matar civis propositadamente, destruir bairros residenciais, infraestruturas civis, usar todos os tipos de armas para isso, inclusive as proibidas por convenções internacionais, é a assinatura do exército russo. E isso é vileza, que marcará o estado russo como fonte do mal absoluto por gerações”, atirou.
Assinala-se, esta terça-feira, o 55º dia da invasão russa da Ucrânia. Pelo menos 2.072 civis morreram e 2.818 ficaram feridos, segundo dados confirmados pela Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta que o número real pode ser muito maior.
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