"Conseguimos chegar a um acordo preliminar [com os russos] sobre um corredor humanitário para mulheres, crianças e idosos", escreveu hoje a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Verechtchuk, na plataforma de mensagens Telegram.
Nos últimos três dias, nenhum corredor humanitário foi aberto, nem naquela cidade nem em outras partes do leste do país, por falta de garantias de segurança, segundo Vereshchuk.
"Dada a situação humanitária catastrófica, vamos concentrar os nossos esforços na retirada das pessoas", disse a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk.
De acordo com fontes locais, está previsto o transporte de cerca de 6.000 pessoas, esperando-se a chegada de 90 autocarros ao longo do dia de hoje.
O autarca de Mariúpol, Vadym Boishenko, que já está fora da cidade, estima que cerca de 100 mil civis permaneçam na cidade portuária sitiada, que antes do início da invasão tinha meio milhão de habitantes.
A Rússia fez hoje novo ultimato às forças ucranianas estacionadas na fábrica Azovstal, em Mariupol, para largarem as armas, depois de nenhum dos elementos se ter rendido nas duas horas estabelecidas por Moscovo na terça-feira.
Na fábrica está a última resistência das tropas ucranianas, em número indeterminado, mas estimado entre 2.000 e 2.500.
Segundo fontes ucranianas, milhares de civis estão também refugiados na fábrica.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A guerra causou a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de cinco milhões das quais para os países vizinhos.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
[Notícia atualizada às 08h55]
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