Justiça britânica autoriza extradição de Julian Assange para os EUA
A defesa de Assange pode apelar até 18 de maio.
© Reuters
Mundo WikiLeaks
A justiça britânica emitiu nesta quarta-feira uma ordem formal que autoriza a extradição do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, para os Estados Unidos.
Aqui, Assange deverá ser julgado por espionagem devido à publicação de centenas de milhares de documentos secretos a partir de 2010.
Segundo a Associated Press, a ordem judicial, aprovada por uma juíza do tribunal de Westminster, será agora enviada para a ministra do Interior, Priti Patel, que terá uma última palavra quanto à decisão.
A defesa de Assange tem agora quatro semanas para fazer uma pelo à ministra britânica e pode ainda recorrer ao Supremo Tribunal de Londres.
A justiça norte-americana quer julgar o australiano por este ter divulgado, desde 2010, mais de 700.000 documentos confidenciais sobre atividades militares e diplomáticas dos EUA, principalmente no Iraque e no Afeganistão.
Os procuradores públicos dos EUA indiciaram Assange por 17 acusações de espionagem e uma acusação de uso indevido de computador devido à publicação através do portal WikiLeaks dos documentos classificados.
As acusações acarretam uma pena máxima de 175 anos de prisão.
Assange, de 50 anos, está atualmente detido na prisão de segurança máxima de Belmarsh em Londres.
Antes, o fundador do WikiLeaks esteve refugiado durante sete anos na Embaixada do Equador em Londres, de 2012 até abril de 2019, quando as autoridades equatorianas decidiram retirar o direito de asilo concedido e as autoridades britânicas o detiveram.
[Notícia atualizada às 11h42]
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