Pedro Sánchez vai a Kyiv reafirmar solidariedade europeia
O primeiro-ministro espanhol avançou hoje que na reunião que irá realizar em Kyiv com o Presidente da Ucrânia irá transmitir-lhe o compromisso "inequívoco" de Espanha e da União Europeia (UE) no apoio àquele país invadido pela Rússia.
© Reuters
Mundo Ucrânia/Rússia
"Nos próximos dias irei encontrar-me com o Presidente [Volodymyr] Zelensky e transmitir-lhe-ei o compromisso rotundo e inequívoco da UE, que é também o do Governo espanhol, da sociedade espanhola, a favor da paz" na Ucrânia, disse Pedro Sánchez durante uma visita a um centro de acolhimento para refugiados ucranianos em Málaga, na Andaluzia (sul).
O anúncio da viagem iminente do líder espanhol à capital ucraniana, seguindo os passos de outros líderes europeus desde a invasão russa de 24 de fevereiro, tinha sido feito na terça-feira pelo Governo espanhol, que não deu a data exata da deslocação por razões de segurança.
A Espanha vai continuar a trabalhar pela paz na Ucrânia, mas também continuará a enviar "toda a ajuda humanitária e militar" necessária, garantindo simultaneamente "o acolhimento no nosso território" dos refugiados ucranianos, acrescentou Pedro Sánchez.
A Espanha já acolheu cerca de 134.000 refugiados ucranianos, dos quais 64.000 receberam proteção temporária, incluindo autorizações de habitação e de trabalho.
Madrid enviou uma dúzia de aviões para a Ucrânia com "centenas de toneladas" de armas e material humanitário, disse na segunda-feira a ministra da Defesa, Margarita Robles.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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