O pontífice referiu-se à receção húngara dos refugiados da guerra na Ucrânia quando, durante a tradicional troca de presentes na audiência, Francisco ofereceu a Orbán um medalhão de bronze no qual São Martinho protege os pobres, dando-lhes uma parte da sua capa.
"Dou-lhe este medalhão pensando na chegada de tantos refugiados ucranianos", disse o Papa enquanto fazia a oferta.
Orbán e Francisco olham para a questão dos refugiados de uma forma muito diferente, já que o Papa sempre defendeu o acolhimento, enquanto o primeiro-ministro húngaro mantém uma política dura contra a imigração, apesar de a Hungria ter acolhido quase meio milhão de ucranianos fugidos do seu país após a invasão russa.
As outras oferendas do pontífice incluíam vários volumes de documentos papais, como a Mensagem para a Paz, divulgada este ano, e o Documento sobre a Fraternidade Humana.
Orbán retribuiu com dois livros sobre o músico e compositor húngaro Bela Bartok, uma coleção de CDs de ópera e um documento de 1750 do Livro de Horas da Semana Santa, em inglês e em latim.
Segundo a assessoria de imprensa do Vaticano, a audiência durou 40 minutos e Orbán não conseguiu reunir nem com o secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, que se encontra atualmente no México, nem com o secretário para as Relações com os Estados, Paul Richard Gallagher.
Esta é a primeira viagem oficial do Presidente ultranacionalista húngaro, após a sua recente vitória eleitoral, em 03 de abril.
O partido de Orbán, Fidesz, alcançou a sua quarta maioria parlamentar consecutiva e o primeiro-ministro deverá ser reeleito pelo Parlamento na primeira sessão da nova legislatura, em 02 de maio.
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