A ministra dos Negócios Estrangeiros da Suécia, Ann Linde, disse esta quinta-feira que vai apresentar uma análise parlamentar sobre a nova política de segurança, na sequência da invasão russa da Ucrânia, em 13 de maio e não em 31 de maio, conforme estava inicialmente previsto.
O argumento apresentado para a antecipação de prazos foi a evolução do conflito na Ucrânia e o processo na vizinha Finlândia, um aliado, mas um país que também não é membro da NATO, tal como a Suécia.
Na passada semana, o Governo finlandês apresentou um documento com as opções para garantir a segurança futura do país e o parlamento abriu esta semana um debate que poderá ser concluído com a apresentação de um pedido de ingresso na Aliança Atlântica na cimeira da NATO, que se realiza em Madrid em finais de junho.
O relatório finlandês antecipa que uma hipotética entrada na NATO gerará tensões no relacionamento com a Rússia, embora a manutenção do atual 'status quo' também acarrete riscos.
Uma sondagem realizada na Suécia, e hoje divulgada, revela que a maioria dos suecos (51%) é a favor da adesão do seu país à NATO, percentagem que tem vindo a aumentar, há uma semana eram 45%.
Mas a viragem a favor da Aliança Atlântica, na opinião pública e nos partidos, foi mais pronunciada na Finlândia do que na Suécia, onde até há apenas um mês a primeira-ministra social-democrata, Magdalena Andersson, considerava que entrar na NATO iria "desestabilizar" ainda mais a situação.
A velocidade com que os acontecimentos na Finlândia se precipitaram mudou o tom das declarações de Andersson e do seu partido, que abriu uma discussão interna, apesar de em novembro um congresso geral do movimento ter aprovado a rejeição da adesão à NATO.
Os Democratas Suecos (SD), de extrema-direita - a terceira força parlamentar e que inicialmente era contra a entrada na NATO - anunciaram há alguns dias que, afinal, apoiarão a adesão, se a Finlândia decidir no mesmo sentido.
Leia Também: Turquia acusa membros da NATO de quererem prolongar guerra na Ucrânia