"Espero que Portugal apoie firmemente a nossa perspetiva europeia. Vamos continuar o nosso trabalho com o Governo português e vamos esperar a adesão da Ucrânia à União Europeia", disse Inna Ohnivets, no parlamento, no final da sessão solene com a presença do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, por videoconferência.
A diplomata também agradeceu a Santos Silva "pelo discurso brilhante" e apelou a uma "resposta concreta para resolver todas as questões e ajudar a Ucrânia" a enfrentar a invasão russa que começou em 24 de fevereiro.
Minutos depois, o presidente da Associação dos Ucranianos em Portugal, Pavlo Sadokha, disse aos jornalistas que a comunidade ucraniana em Portugal vai reforçar os apelos de ajuda ao país através de manifestações, na esperança de "acabar com a tragédia".
"As palavras do Presidente [ucraniano], os testemunhos do Presidente... É muito difícil de ouvir. Todos temos lá família. Há muitos membros da nossa comunidade que já perderam familiares. Os refugiados ucranianos [em Portugal] já são mais de 30.000", comentou.
Volodymyr Zelensky discursou durante a tarde de hoje, por videoconferência, no parlamento português.
Perante as forças políticas representadas no hemiciclo, exceto o PCP, o Presidente da República, o primeiro-ministro e o presidente da Assembleia da República, o chefe de Estado ucraniano pediu armamento pesado e reforço das sanções contra a Rússia.
Zelensky também apelou insistentemente que Portugal apoie o processo para o seu país aderir à União Europeia e que use a sua influência nos países de língua portuguesa para estes estarem do lado dos ucranianos.
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