"A crise atual é excecional e não podemos prever o seu impacto final nas nossas economias. Acreditamos firmemente que não será suficiente pedir flexibilidade na política de coesão. Devemos, portanto, pedir mais financiamento para os Estados-membros que acolhem um grande número de refugiados da Ucrânia", indicou o vice-primeiro-ministro checo, Ivan Bartos.
Além da República Checa, a Polónia, a Eslováquia, a Bulgária, a Hungria, a Roménia e os três países bálticos "acordaram 14 medidas que apresentarão em conjunto para iniciar um diálogo com a Comissão Europeia sobre a modificação das regras em vigor", precisou.
Os nove países são, além disso, favoráveis à "validação urgente dos programas do novo período orçamental 2021-2027, para que os projetos de ajuda aos refugiados na Europa central e oriental possam começar a ser reembolsados logo que possível", adiantou Bartos, citado pela agência France-Presse.
De acordo com dados das Nações Unidas, mais de cinco milhões de ucranianos já abandonaram o país desde o início da invasão russa, a 24 de fevereiro.
Desde o final de fevereiro até agora, a República Checa concedeu mais de 300.000 vistos provisórios a cidadãos ucranianos.
A ofensiva militar da Rússia na Ucrânia já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou também a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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