"E vamos precisar de centenas de bilhões de dólares para a reconstrução", afirmou o chefe de Estado ucraniano, numa mesa-redonda sobre ajuda à Ucrânia que decorreu no âmbito dos encontros do FMI e do Banco Mundial, em Washington.
Alguns dias antes, as autoridades ucranianas tinham informado o Fundo Monetário Internacional (FMI) que iriam precisar de 5 bilhões de dólares por mês para continuar a fazer a economia do país funcionar, pelo menos nos próximos meses, disse, na quarta-feira o diretor-gerente do FMI.
"Apesar de todas as dificuldades, o nosso país continua a cumprir todas as suas obrigações em termos de assistência social, pagamentos de pensões, salários (dos funcionários públicos) (...), e tudo isto custa cerca de 7 mil milhões de dólares americanos por mês ao nosso orçamento", precisou o primeiro-ministro Denys Shmyhal, que participou pessoalmente da mesa-redonda.
O chefe do governo ucraniano encontrou-se antes com o presidente dos EUA, Joe Biden.
Os bombardeios russos estão "arruinando" a economia ucraniana, lamentou o Presidente Zelensky, enfatizando que esses atentados não poupam creches, escolas ou universidades em todo o país.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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