Johnson disse que os dois países têm um "interesse comum em manter o Indo-Pacífico aberto e livre", enfatizando que este é um "compromisso de décadas" entre "uma das democracias mais antigas e a Índia, certamente a maior democracia".
"As ameaças de coerção autocrática aumentaram ainda mais, por isso é crucial que aprofundemos a nossa cooperação", salientou.
A Índia faz parte, com Estados Unidos, Japão e Austrália, do grupo "Quad", considerado um baluarte contra uma China cada vez mais assertiva.
Mas o gigante do sul da Ásia tem também uma longa história de cooperação com a Rússia, principal fornecedor militar, tendo recusado condenar abertamente Moscovo pela invasão da Ucrânia.
Johnson adiantou que os dois líderes discutiram a colaboração nas áreas da defesa e segurança em todos os domínios - terrestre, marítimo, aéreo, espacial e cibernético.
A parceria inclui apoio para o desenvolvimento de novos jatos militares projetados e construídos na Índia e de novas tecnologias "para identificar e responder a ameaças no Oceano Índico".
Na prática, o Reino Unido vai emitir uma Licença Geral de Exportação Aberta (OGEL) para a Índia, reduzindo a burocracia e encurtando os prazos de entrega para equipamento militar.
Os dois líderes também discutiram cooperação nas áreas das energias renováveis para facilitar a transição energética da Índia, reduzindo a dependência do gigante asiático do petróleo importado.
Reino Unido e Índia vão lançar um centro virtual de Ciência e Inovação do Hidrogénio para acelerar o desenvolvimento de hidrogénio verde e vão colaborar na eletrificação dos transportes públicos em toda a Índia.
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