Entre os passageiros, maioritariamente homens e sem coletes salva-vidas, seguiam a bordo 17 menores não acompanhados, tendo todos sido assistidos por este navio-ambulância, fretado conjuntamente pela Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.
A operação de salvamento surgiu na sequência de outro resgate, realizado no sábado pelo barco Geo Barents, operado pela organização humanitária Médicos Sem Fronteiras, que ajudou outros 101 imigrantes, incluindo pelo menos quatro crianças pequenas e uma mulher grávida. Esta embarcação continua no Mediterrâneo, a aguardar autorização para desembarque num porto seguro.
Paralelamente, as autoridades italianas resgataram já hoje outros 51 migrantes, que estavam numa barcaça à deriva, levando-os para a ilha de Lampedusa, segundo a plataforma Alarm Phone, que trata das chamadas de socorro das embarcações de migrantes no Mediterrâneo central. Este serviço explicou nas redes sociais que estas pessoas receberam assistência médica, sendo que algumas foram mesmo levadas para o hospital.
"Estamos aliviados por saber que o seu sofrimento no mar acabou e esperamos que recuperem em breve", acrescentou a plataforma.
Até agora, este ano e até 22 de abril, 8.669 migrantes chegaram às costas italianas no Mediterrâneo, um número semelhante aos 8.604 que chegaram no mesmo período no ano passado, de acordo com dados do Ministério do Interior italiano.
Por outro lado, pelo menos 17 migrantes morreram hoje após o naufrágio de quatro barcos ao largo da costa da Tunísia, segundo avançaram fontes judiciais à AFP, tendo sido resgatadas 97 pessoas.
O Mediterrâneo central é a rota de migração mais perigosa do mundo, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM). A agência da ONU estima que mais de 23.500 pessoas morreram ou desapareceram desde 2014, incluindo 2.048 no ano passado.
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