Christine Lagarde, que participou esta semana nas reuniões de primavera do Fundo Monetário Internacional, fez estas declarações em entrevista à CBS.
"Vamos interromper as compras de ativos no terceiro trimestre, há uma elevada probabilidade de ser no início do terceiro trimestre", disse a presidente do BCE.
"E nessa altura vamos olhar para as taxas de juro e ver como e quando as subimos", acrescentou.
Na sexta-feira, numa outra entrevista, Lagarde disse que há "uma forte probabilidade" de a instituição subir as taxas de juro até ao fim do ano, se a inflação continuar elevada.
"Nós olhamos para os números da inflação. (...) Se a situação perdurar, como se pensa atualmente, há fortes probabilidades de as taxas subirem até ao fim do ano", afirmou em declarações à CNBC.
Na zona euro, a inflação atingiu 7,5% em março, bem acima do objetivo de 2% definido pelo BCE.
Os bancos centrais em todo o mundo têm começado a subir as suas taxas de juro com o objetivo de conter a inflação, que aumentou ainda mais após o início da guerra na Ucrânia. O BCE tem resistido a esta tendência, mas tem estado sob pressão para iniciar a subida.
Hoje, Lagarde insistiu que a inflação na zona euro tem sido impulsionada essencialmente pela subida de preços da energia, em consequência da guerra na Ucrânia, pelo que advertiu que "se sobem as taxas de juro agora não vão baixar os preços".
O BCE tem vindo a referir que uma subida das taxas de juro, a primeira desde 2011, deverá acontecer "algum tempo após" o fim das compras de dívida.
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