O secretário-geral da ONU, António Guterres, está esta terça-feira em Moscovo reunido com o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, no contexto da ofensiva russa em curso na Ucrânia.
"Sei que enfrentamos hoje uma situação complexa. Procuramos uma situação pacífica para a situação na Ucrânia, criar condições para o diálogo e para minimizar o sofrimento das pessoas. O que mais queremos é encontrar formas de criar as condições para um diálogo efetivo e um cessar-fogo assim que seja possível", são as declarações de Guterres, há instantes, na parte aberta ao publico, antes da conversa com Lavrov.
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— Ukraine War SitRep 🇺🇦 (@UKRWarSitRep) April 26, 2022
A viagem de Guterres à Rússia acontece num momento em que o secretário-geral da ONU tem sido alvo de críticas pela sua alegada passividade em tomar medidas concretas para travar a guerra na Ucrânia.
Na semana passada, mais de 200 antigos dirigentes da ONU dirigiram uma carta a António Guterres, com um apelo para que seja mais proativo em relação a esse conflito. Os signatários alertaram que, a menos que Guterres atue de forma mais pessoal para assumir a liderança na tentativa de mediar a paz na Ucrânia, as Nações Unidas arriscam não apenas a irrelevância, mas a sua existência continuada.
A confirmação da visita a Moscovo surgiu na sexta-feira e após um pedido feito na terça-feira passada pelo próprio secretário-geral, que pediu para ser recebido por Putin.
Após a visita a Moscovo, Guterres irá ser recebido a 28 de abril em Kyiv pelo chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky.
[Notícia atualizada às 11h19]
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