As imagens da demolição da estátua do 'Arco da Amizade dos Povos'

Durante os trabalhos de demolição, a cabeça de um dos dois operários, que seguram uma estrela com ‘Amizade dos Povos’ e ‘URSS’ inscrito, caiu, algo que para o autarca de Kyiv foi “simbólico”.

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Márcia Guímaro Rodrigues
27/04/2022 08:54 ‧ 27/04/2022 por Márcia Guímaro Rodrigues

Mundo

Guerra na Ucrânia

A câmara municipal de Kyiv demoliu, na terça-feira, a estátua do ‘Arco da Amizade dos Povos’, monumento da era soviética que assinala a amizade entre russos e ucranianos, na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia.

“Amigos! Não sem esforço, mas a escultura soviética de dois trabalhadores (símbolo da reunificação da Ucrânia e da Rússia) ficou demolida durante a noite”, escreveu o autarca da capital ucraniana Vitali Klitschko nas redes sociais.

Durante os trabalhos de demolição, a cabeça de um dos dois operários, que seguram uma estrela com ‘Amizade dos Povos’ e ‘URSS’ inscrito, caiu, algo que para o autarca foi “simbólico”.

“O simbolismo também era necessário - no início, o trabalhador russo perdeu a cabeça quando os trabalhadores tentavam levantar a escultura”, frisou, acrescentando que a Ucrânia deve "arrancar e tirar o inimigo e invasor russo" do seu território.

Na segunda-feira, Klitschko justificou a demolição do monumento - instalado na época soviética em 1982 para celebrar a "reunificação da Rússia e da Ucrânia" - pela intenção de Moscovo em “destruir o Estado e os ucranianos”.

Já o arco de titânio sobre a escultura irá permanecer no local, mas será “renomeado” e serão destacadas as “cores da bandeira ucraniana”. 

Segundo o autarca de Kyiv, outros 60 monumentos, baixos-relevos e símbolos associados à URSS e à Rússia serão desmantelados em breve. Mais de 460 ruas serão também rebatizadas.

A Ucrânia iniciou há vários anos, em particular após a designada Revolução de Maidan" em 2014, uma política de "descomunização", ou "dessovietização", ao desmantelar designadamente as estátuas de Lenine e alterando os nomes de algumas cidades para lhes fornecer os nomes que utilizavam antes da revolução bolchevique de 1917.

Ao 63.º dia da invasão russa da Ucrânia, pelo menos dois mil civis morreram, segundo dados apurados pela Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

Leia Também: Kyiv remove monumento que assinala 'amizade' entre russos e ucranianos

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