O Ministério da Defesa russo afirmou que "camiões com uma grande quantidade de armas e munições estrangeiras, entregues às forças ucranianas pelos Estados Unidos e países europeus, foram destruídos com mísseis Kalibr disparados do mar contra uma fábrica de alumínio em Zaporijia".
O governador da região do sul da Ucrânia, Oleksandr Starukh, garantiu, no entanto, que "nenhum depósito de munições e armas foi atingido em Zaporijia", sublinhando que a fábrica afetada "não funciona há seis anos".
Na semana passada, o Presidente norte-americano, Joe Biden, tinha anunciado um novo pacote de 800 milhões de dólares em ajuda militar à Ucrânia e outros 500 milhões de dólares em assistência financeira.
O pacote militar inclui 72 obuses Howitzer de 155 milímetros e 144.000 peças de artilharia, 72 veículos táticos para transportar esses canhões, 121 'drones' Phoenix e outros equipamentos.
Este material acresce aos 18 Howitzers que Washington também já tinha autorizado, num outro pacote, há duas semanas.
Os Estados Unidos começaram a enviar este tipo de canhões para a Ucrânia desde o início da nova etapa da ofensiva russa, centrada no leste ucraniano, na região do Donbass, onde o terreno é mais plano que em outras partes do país.
Desde a chegada de Joe Biden ao poder, em janeiro de 2021, os EUA já destinaram mais de 4.000 milhões de dólares em assistência de segurança para a Ucrânia, sendo que 3.400 milhões de dólares foram atribuídos desde o começo da invasão russa.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, desencadeando uma guerra que provocou um número de baixas civis e militares ainda por determinar.
A ONU confirmou hoje que pelo menos 2.787 civis morreram e 3.152 ficaram feridos, mas manteve o alerta para a probabilidade de os números serem consideravelmente superiores.
O conflito levou mais de 5,3 milhões de pessoas a fugir da Ucrânia, na pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia, segundo a ONU.
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