A inteligência britânica alertou, esta quinta-feira, para a forte presença da marinha russa no mar Negro, depois do afundamento do cruzador Moskva pelas forças ucranianas.
Na sua habitual atualização diária no Twitter, o Ministério da Defesa do Reino Unido afirma que há 20 navios russos "na zona operacional do mar Negro, incluindo submarinos".
"Apesar das derrotas embaraçosas no porta-aviões Saratov e no cruzador Moskva, a frota russa do mar Negro continua a ter a capacidade de atingir a Ucrânia e alvos costeiros", avisam os britânicos.
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine - 28 April 2022
— Ministry of Defence 🇬🇧 (@DefenceHQ) April 28, 2022
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O Reino Unido recorda, no entanto, que o bloqueio da Turquia no estreito de Bósforo (onde o país se se divide entre os continentes europeu e asiático) impede que russos saiam do mar Negro, "incapacitando a Rússia de substituir o cruzador Moskva".
O Moskva, outrora considerado o navio mais imponente da marinha russa, foi afundado há cerca de duas semanas, com os especialistas e agências internacionais a considerem o ataque ao cruzador como um duro golpe nos esforços de guerra russos.
A Rússia admitiu baixas no afundamento do navio: apesar de alegar que foram resgatadas 396 pessoas a bordo, cerca de 27 membros da tripulação estão desaparecidos. Já o portal independente russo Meduza, que citava fontes não identificadas, escreveu que pelo menos 37 pessoas morreram no naufrágio.
Segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, a guerra na Ucrânia já fez mais de 2.700 mortos entre a população civil, mas a ONU alerta que o número real de mortos poderá ser muito superior depois de contabilizadas as baixas em cidades sitiadas e controladas pelos russos.
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