"Ou perdemos na Ucrânia ou Terceira Guerra Mundial começa"
Para além de ter partilhado a sua opinião num programa televisivo, uma jornalista russa questionou ainda nas redes sociais: "Que escolha nos deixam, idiotas? A destruição completa do resto da Ucrânia?"
© Facebook Margarita Simonyan
Mundo Rússia/Ucrânia
Margarita Simonyan, uma editora da rede de televisão estatal russa RT e uma das porta-vozes mais conhecidas do Kremlin, declarou, na passada quarta-feira à noite, num programa televisivo que "a ideia de Putin apertar o botão vermelho é mais provável do que a ideia de permitir que a Rússia perca a guerra".
"Ou perdemos na Ucrânia ou a Terceira Guerra Mundial começa" disse, explicando: "Acho que a Terceira Guerra Mundial é mais realista, conhecendo-nos e conhecendo o nosso líder". Na opinião da jornalista, "tudo isto vai acabar com um ataque nuclear".
"Por um lado, é um horror", confessou, contudo acrescentou: "Mas, por outro lado, é o que é. Nós iremos para o céu, enquanto eles simplesmente morrerão... Todos vamos morrer um dia".
Na manhã desta quinta-feira, Simonyan fez uma publicação na sua página de Facebook mencionando as explosões e sirenes da Força Aérea em Belgorod, cidade russa junto à fronteira ucraniana, onde pode ler-se: "Anglo-saxónicos oferecem publicamente à Ucrânia a transferência de operações de combate para o território russo e fornecem-lhe os meios para implementar este plano". Informação que comentou: "Que escolha nos deixam, idiotas? A destruição completa do resto da Ucrânia? Um golpe nuclear?".
De recordar que a Rússia invadiu a Ucrânia no dia 24 de fevereiro, o que provocou uma guerra com um número de baixas civis e militares ainda por determinar. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), até à passada quarta-feira, contabilizou-se, pelo menos, a morte 2.787 civis e 3.152 feridos, contudo, a organização alerta para a possibilidade de os números serem bastante superiores.
A invasão russa levou já mais de 5,3 milhões de pessoas a fugir da Ucrânia, nesta que é a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, ocorrida de 1939 a 1945.
[Notícia atualizada às 15h58]
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