Polícia de Kyiv encontrou 1.150 corpos de civis desde o início da guerra
Retirada das tropas russas das imediações da capital deixou a descoberto corpos e valas comuns de civis massacrados.
© Metin Aktas/Anadolu Agency via Getty Images
Mundo Ucrânia
A polícia de Kyiv anunciou, esta quinta-feira, que foram recuperados 1.150 corpos de civis desde o início da guerra. A grande maioria surgiu depois da retirada de tropas russas das cidades periféricas da capital ucraniana, nomeadamente Bucha e Borodyanka.
Segundo contaram as autoridades à agência Reuters, entre 50% a 70% dos corpos encontrados têm marcas de balas de armas de pequeno porte.
Num vídeo, o chefe da polícia regional de Kyiv, Andriy Nebytov, disse que queria "enfatizar que estes são civis, não militares".
Só em Bucha, foram encontrados centenas de corpos em valas comuns e nas ruas da cidade, em decomposição há semanas. Alguns dos corpos apresentados, contam as autoridades, apresentam marcas de tortura.
A Rússia negou sempre qualquer existência de um massacre ou de ataques direcionados a civis, alegando constantemente que os massacres e as imagens dos mesmos são manipulados e fazem parte da propaganda do Ocidente.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, visitou esta manhã precisamente as localidades de Bucha, Borodyanka e Irpin, os três subúrbios de Kyiv mais atingidos pelos massacres dos russos.
A visita de Guterres segue-se às dos líderes europeus, como Ursula von der Leyen, Charles Michel ou Pedro Sánchez, que também fizeram questão de ver com os seus próprios olhos as valas comuns de Bucha.
Segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, a guerra na Ucrânia já fez mais de 2.700 mortos entre a população civil, mas a ONU alerta que o número real de mortos poderá ser muito superior depois de contabilizadas as baixas em cidades sitiadas e controladas pelos russos.
Leia Também: ONU. Algumas das ações da Rússia em Bucha podem ser crimes de guerra
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