"Acho que (um referendo) é uma má ideia por razões diferentes. É uma questão que não me parece adequada para uma consulta popular", declarou Andersson em conferência de imprensa, aludindo ao facto de existirem questões confidenciais que não podem ser debatidas publicamente.
Também a ministra sueca dos Negócios Estrangeiros, Ann Linde, sublinhou que é o Governo que define a política de segurança, com o apoio do Parlamento, pelo que considera ser esta uma questão "inoportuna" para um referendo.
A ideia de uma consulta popular tinha sido proposta horas antes pelo Partido Esquerda Socialista, quinta força parlamentar, que tem apoiado o executivo social-democrata, minoritário, mas que se opõe à adesão do país NATO.
Linde recordou que um relatório parlamentar sobre a nova política de segurança face à guerra na Ucrânia será apresentado no dia 13 de maio no Parlamento e que o seu partido está a realizar uma discussão paralela sobre uma possível adesão à NATO.
Tal como a vizinha Finlândia, a Suécia mantém o estatuto de parceiro da NATO, mas não é membro.
O Partido dos Democratas Suecos, (SD), nacionalista e conservador, terceira força parlamentar e inicialmente contra a entrada, anunciou recentemente que apoiará a adesão se a Finlândia também assim decidir.
Os media finlandeses dão como provável uma decisão nesse sentido e hoje, a primeira-ministra da Finlândia, Sanna Marin, disse, durante uma visita a Atenas, que o seu país tomará "muito em breve" a decisão sobre uma possível entrada na NATO.
"Temos um exército moderno e podemos trabalhar com a NATO, como temos feito durante décadas em exercícios conjuntos", disse Marin, acrescentando que se a decisão for de se unir, "contribuirá para a segurança de toda a aliança".
Marin disse na semana passada que o objetivo é tomar uma decisão antes da cimeira da NATO que terá lugar em Madrid no final de junho e para a qual a Finlândia foi convidada.
Os governos dos dois países pronunciaram-se depois de hoje o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, ter reiterado que a Aliança Atlântica acolheria "de braços abertos" a Finlândia e a Suécia se apresentassem a sua candidatura.
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