Portugal está a planear duplicar a capacidade do porto de Sines para receber navios-tanque de gás natural liquefeito e transferir depois o combustível para países europeus com maior dependência do gás natural russo, avança a Reuters.
Uma fonte disse à agência que o plano a ser elaborado pelo Governo "prevê, a curto prazo, exportar mais de dois mil milhões de metros cúbicos de gás natural liquefeito através de Sines por ano e, em breve, aumentar essa exportação para cinco mil milhões, equivalente ao consumo de gás natural em Portugal".
Na sequência da invasão russa da Ucrânia, a União Europeia tem lutado para encontrar alternativas ao fornecimento de gás russo, que cobre 40% das necessidades da Europa. A Rússia tem exigido ser paga pelo gás em rublos em resposta às sanções ocidentais.
No final de março, o presidente russo, Vladimir Putin, tinha dito que os clientes estrangeiros da Gazprom, "hostis à Federação Russa", deveriam pagar o gás importado em rublos. Esta quarta-feira, dia 27, a petrolífera anunciou que notificou a empresa búlgara Bulgargaz e a empresa polaca PGNiG da "suspensão das entregas de gás a partir de 27 de abril e até que o pagamento seja feito em rublos".
A Comissão Europeia vai preparar uma resposta conjunta dos 27 Estados membros à Rússia depois do corte do fornecimento de gás natural à Polónia e à Bulgária, sendo que o preços já subiram.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, acusou esta quarta-feira a Rússia de tentar usar o gás natural “como instrumento de chantagem”.
[Notícia atualizada às 17h22]
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