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Ucrânia acusa Rússia de retirar duas mil obras de arte de Mariupol

Depois dos militares russos retirarem as obras, estas foram alegadamente transferidas para Donetsk.

Ucrânia acusa Rússia de retirar duas mil obras de arte de Mariupol

As autoridades ucranianas acusaram as forças russas de retirarem mais de duas mil obras de arte de museus em Mariupol. Segundo o Guardian, depois dos militares russos retirarem as obras, estas foram alegadamente transferidas para Donetsk.

Citado pelo jornal britânico, a cidade de Mariupol anunciou, num comunicado emitido na quinta-feira e publicado no Telegram, que “os ocupantes 'libertaram' Mariupol do seu património histórico e cultural. Roubaram e transferiram mais de 2.000 exposições exclusivas de museus de Mariupol para Donetsk”.

Segundo a mesma publicação, as autoridades confirmam que esta transferência de obras de arte inclui telas de Arkhip Kuindzhi, pintor do século XIX nascido em Mariupol, e do famoso pintor romântico russo Ivan Aivazovsky. Foi ainda levado um manuscrito único do pergaminho da Torá  e o Evangelho de 1811, produzido pela casa de impressão veneziana para os gregos de Mariupol.

“A autarquia da cidade de Mariupol está a preparar materiais para que as agências de aplicação da lei iniciem processos criminais e façam um apelo à Interpol”, acrescenta a autoridade.

As obras terão vindo dos três museus locais, incluindo o museu de arte Kuindzhi, que foi fortemente danificado durante um ataque aéreo russo no dia 21 de março de 2022.

Recorde-se que vários locais culturais ucranianos foram destruídos pelos bombardeamentos russos, incluindo o museu Ivankiv, que abrigava arte popular ucraniana, e a Unesco estima que mais de 50 edifícios históricos ucranianos sofreram danos desde o início da invasão russa.

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