Rússia tenta destruir Donbass e quem lá vive , acusa Zelensky

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou esta sexta-feira a Rússia de tentar destruir o Donbass, no leste da Ucrânia, e todos os que vivem naquela região, com constantes bombardeamentos "violentos" a "infraestruturas e áreas residenciais".

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Lusa
29/04/2022 23:53 ‧ 29/04/2022 por Lusa

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Rússia/Ucrânia

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou esta sexta-feira a Rússia de tentar destruir o Donbass, no leste da Ucrânia, e todos os que vivem naquela região, com constantes bombardeamentos "violentos" a "infraestruturas e áreas residenciais".

"Os constantes bombardeamentos violentos, os constantes ataques russos a infraestruturas e áreas residenciais mostram que a Rússia quer esvaziar este território de todas as pessoas", referiu o chefe de Estado ucraniano na sua mensagem de vídeo diária dirigida à nação.

Para Volodymyr Zelensky a "defesa da terra e do povo" é "literalmente uma luta pela vida".

As cidades e as vilas no Donbass apenas poderão sobreviver se a Ucrânia permanecer de pé, alertou também.

A nova etapa da ofensiva russa tem estado mais centrada no leste ucraniano, na região do Donbass.

"Se os invasores russos forem capazes de realizar os seus planos, mesmo que parcialmente, eles terão artilharia e aeronaves suficientes para transformar todo o Donbass em pedras. Como fizeram com Mariupol", salientou.

Zelensky lembrou que Mariupol, que já foi uma das cidades mais desenvolvidas da região, é agora um "campo de concentração russo entre as ruínas".

Já em Kharkiv, no norte, a situação na segunda maior cidade ucraniana é "brutal" mas as tropas e serviços de inteligência ucranianos "tiveram importantes sucessos táticos", assegurou, sem dar mais detalhes.

O presidente da Câmara de Kharkiv, Ihor Terekhov, referiu que cerca de 20% dos edifícios residenciais da cidade estão de tal forma danificados que será impossível restaurá-los.

O presidente ucraniano adiantou ainda que as organizações de socorro continuam a efetuar buscas nos escombros em Kyiv, após os ataques com mísseis esta quinta-feira, durante a visita do secretário-geral da ONU, António Guterres.

O ataque provocou pelo menos um morto e uma dezena de feridos, segundo as autoridades de Kyiv.

A vítima mortal é a jornalista ucraniana Vira Hyrych, da Radio Free Europe/Radio Liberty, cujo corpo foi descoberto esta sexta-feira nos escombros do edifício onde residia, anunciou a estação radiofónica financiada pelos Estados Unidos.

Zelensky expressou ainda as condolências à família de Vira Hyrych e acrescentou que a jornalista foi a 23.ª vítima mortal entre os 'media' na guerra.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou cerca de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, das quais mais de 5,4 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: EUA recusam lidar com a Rússia no G20 "como se nada tivesse acontecido"

 

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