Zelensky "aguentará até ao fim". Zelenska acusa Rússia de "genocídio"

A primeira-dama ucraniana assegurou que o presidente ucraniano, Volodymr Zelensky, "sempre foi um homem com quem se pode contar".

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Notícias ao Minuto
30/04/2022 19:48 ‧ 30/04/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Ucrânia/Rússia

Olena Zelenska, primeira-dama da Ucrânia, assegura que a guerra com a Rússia não alterou o seu marido, o presidente ucraniano, Volodymr Zelensky. Em vez disso, mostrou a todo o mundo a sua determinação e o facto de ser um homem com quem se pode contar.

Em entrevista ao jornal polaco Rzeczpospolita, Zelenska revelou que não vê o marido desde o dia 24 de fevereiro, que marcou o início da invasão russa da Ucrânia. Nesse dia, quando acordou, a primeira-dama recordou que Zelensky já estava acordado e vestido, dizendo-lhe apenas: “Começou”.

“Desde o dia 24 de fevereiro, tenho visto o meu marido tal como vocês – na televisão e em vídeos dos seus discursos”, confessou, citada pela Associated Press.

“A guerra não o mudou”, acrescentou, assegurando que Zelensky “sempre foi um homem com quem se pode contar”.

“Um homem que nunca falhará. Que aguentará até ao fim. Agora todo a gente viu aquilo que, antes, poderia não ser claro para todos”, reiterou.

Zelenska adiantou ainda que os dois filhos do casal estavam consigo, mas não revelou onde estão refugiados, naquela que foi uma entrevista feita remotamente.

À semelhança de Zelensky, a primeira-dama ucraniana acusou a Rússia de estar a levar a cabo um genocídio na Ucrânia, expressando a sua compaixão para com os mais de 11 milhões de ucranianos deslocados pela guerra.

“Gostaria de os abraçar a todos. É fácil imaginar o caminho difícil por onde andaram, escapando de caves e abrigos em Mariupol, dos bombardeamentos em Kharkiv, da região ocupada de Kyiv, e até de Lviv ou Odessa, que também foram alvo de mísseis russos”, complementou.

Questionada quanto a se teria uma mensagem para as mães, esposas e irmãs dos soldados russos, a primeira-dama atirou que “nada os afeta” e, por isso, “não”.

“Durante estes dois meses, enquanto os seus filhos estão a ser mortos na Ucrânia como criminosos e invasores, elas tiveram tempo de definir a sua posição. Como não há nenhuma declaração – se os caixões não as convencem de que algo de errado se passa aqui – não tenho nada a dizer-lhes”, rematou.

Zelenska agradeceu ainda à Polónia pelo seu esforço na ajuda à Ucrânia e ao seu povo, uma mensagem também ecoada por Zelensky na sexta-feira, a meios de comunicação polacos.

A Polónia recebeu o maior número de refugiados ucranianos, – a maioria mulheres e crianças – com cerca de três milhões a atravessar a fronteira desde o início do conflito, e 1.6 milhões a pedir números de identificação nacional.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já matou cerca de três mil civis, segundo a Organização das Nações Unidas, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior. Além disso, a guerra causou a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, das quais mais de 5,4 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Zelensky alertou para "genocídio" e Guterres admitiu "falhas"

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