Oito civis mortos em ataques nas regiões de Donetsk e Kharkiv

Oito civis foram hoje mortos em bombardeamentos nas regiões de Kharkiv e Donetsk, incluindo quatro na cidade de Lyman, perto da linha da frente e sob ameaça direta do avanço russo, anunciaram os governadores regionais.

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© REUTERS/Ricardo Moraes

Lusa
01/05/2022 21:03 ‧ 01/05/2022 por Lusa

Mundo

Rússia/Ucrânia

"Bombardeamentos russos na região de Donetsk: quatro civis mortos, todos de Lyman", afirmou o governador Pavlo Kyrylenko na rede social Telegram.

O responsável adiantou que sete civis ficaram feridos nesta cidade, de onde o exército ucraniano recentemente teve de recuar perante o avanço das tropas russas, para se reposicionar na periferia.

Kyrylenko acrescentou que um civil morreu de ferimentos em Bakhmout, cidade mais distante da linha da frente, e quatro ficaram feridos em vários locais no leste da Ucrânia.

Oleg Sinegoubov, governador da região de Kharkiv (nordeste), por sua vez, anunciou no Telegram que três civis morreram e oito ficaram hoje feridos em ataques que atingiram em áreas residenciais de Kharkiv e cidades da região.

Lyman, uma cidade de 20.000 habitantes antes da guerra, foi em grande parte evacuada nos últimos dias devido ao avanço do exército russo, que já ocupa os seus arredores, de acordo com as autoridades locais.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reconheceu recentemente que a situação era "difícil" em Donbass, que se tornou o objetivo prioritário das tropas russas.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou cerca de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, das quais mais de 5,4 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: AO MINUTO: UE prepara novas sanções; 9 mil processos por crimes de guerra

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