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Macron reitera a Putin pedido de cessar-fogo na Ucrânia

O Presidente francês, Emmanuel Macron, reiterou hoje ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, o pedido de cessar-fogo na Ucrânia, propondo-se promover "uma solução negociada que permita o respeito da soberania e da integridade territorial da Ucrânia".

Macron reitera a Putin pedido de cessar-fogo na Ucrânia
Notícias ao Minuto

17:43 - 03/05/22 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

Em conversa telefónica com Putin - depois de ter também falado com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a 30 de abril -, Macron sublinhou novamente a extrema gravidade das consequências da "guerra de agressão travada pela Rússia contra a Ucrânia" e instou-a a "estar à altura das suas responsabilidades de membro permanente do Conselho de Segurança [da ONU] pondo termo a esta agressão devastadora", indicou a Presidência da República francesa num comunicado.

Expressando "profunda preocupação em relação a Mariupol e à situação no Donbass (onde agora se concentram as forças russas)", Macron instou a Rússia a "permitir a continuação da retirada de civis do complexo industrial de Azovstal iniciada nos últimos dias, em coordenação com os atores humanitários e deixando às pessoas retiradas a escolha quanto ao seu destino, em conformidade com o direito internacional humanitário".

O chefe de Estado francês reagia assim ao anúncio hoje feito pelo Ministério da Defesa russo, de que quase 1,1 milhões de civis ucranianos, entre os quais cerca de 200.000 crianças, foram retirados de Donetsk e Lugansk, autoproclamadas repúblicas pró-russas do leste da Ucrânia, e acolhidos na Rússia - uma informação contestada por Kiev, que defende que se tratou de deportações forçadas e ilegais.

Macron manifestou ainda a sua disponibilidade "para trabalhar com as organizações internacionais competentes para contribuir para levantar o bloqueio russo às exportações de produtos alimentares ucranianos pelo mar Negro, perante as consequências que este acarreta para a segurança alimentar mundial.

A Rússia iniciou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia -- justificada por Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar o país vizinho para segurança da Rússia -, condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

Cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia, e a guerra, que entrou hoje no 69.º dia, causou até agora a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, mais de 5,5 milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que a classifica como a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A ONU confirmou hoje que 3.193 civis morreram e 3.353 ficaram feridos, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a cidades cercadas ou a zonas até agora sob intensos combates.

Leia Também: Putin pede ao Ocidente para deixar de dar armas a Kyiv

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