Testemunhas no local apontaram para a existência de pelo menos dois agressores, um com uma arma de fogo e outro com uma faca de grandes dimensões, segundo fonte policial citada pela agência EFE.
A polícia mobilizou controlos de segurança nas estradas de cidade de maioria judaica ultraortodoxa, além de um helicóptero, para encontrar o veículo em que os responsáveis pelo ataque fugiram.
O ataque resultou em três mortos e quatro feridos, dois destes em estado grave, referiu o serviço de emergência Magen David Adom.
Este novo ataque é o sexto em solo israelita desde o final de março, num total de 18 mortes.
Fonte do Magen David Adom acrescentou que as três vítimas mortais eram homens, com cerca de 40 anos, enquanto os feridos graves, também homens, têm entre 35 e 60 anos.
O homem com ferimentos leves tem 23 anos e confrontou os atacantes, adiantou ainda.
O grupo armado palestiniano Hamas, que controla a faixa de Gaza, celebrou o ataque e associou-o à violência num local sagrado de Jerusalém, embora não tenha reivindicado a autoria.
"A invasão da mesquita de Al-Aqsa não pode ficar impune. A operação heroica em Telavive é uma tradução prática do que a resistência alertou", referiu o porta-voz do Hamas, Hazem Qassem.
A identidade dos agressores ainda não é conhecida, mas as tensões entre israelitas e palestinianos aumentaram nas últimas semanas, após uma série de ataques em Israel, operações militares na Cisjordânia ocupada e violência num dos locais sagrados em Jerusalém, quer para judeus, quer para muçulmanos.
O complexo da mesquita de Al-Aqsa é o terceiro local mais sagrado do islão e foi construído no topo de uma colina que é o local mais sagrado para os judeus, que se referem a ele como o Monte do Templo.
O espaço encontra-se no coração do conflito e palestiniano e polícias israelitas entraram em confronto repetidamente nas últimas semanas.
A polícia de Israel referiu hoje, em comunicado, ter "repelido os ataques de manifestantes" que lançaram pedras, provocando ferimentos ligeiros a um agente.
Segundo um repórter fotográfico da France-Presse no local, a polícia reforçou a presença frente à área da Mesquita Al-Aqsa.
Nas últimas semanas, confrontos entre polícias israelitas e manifestantes palestinianos fizeram mais de 300 feridos, na maior parte palestinianos, na zona de Jerusalém ocupada por Israel desde 1967.
Os confrontos de hoje registam-se no dia em que se assinala o 74º aniversário do estabelecimento do Estado de Israel (1948) - de acordo com o calendário hebraico - sendo que os fiéis judeus voltaram a ir à esplanada após a pausa que coincidiu com o final do mês de jejum do Ramadão muçulmano.
No contexto de um 'statu quo' tácito, os cidadãos que não são muçulmanos podem deslocar-se ao local sem praticar qualquer tipo de culto religioso.
No entanto, o crescente número de judeus que visitam o local junto ao Muro das Lamentações e o facto de alguns rezarem suscita receios entre os muçulmanos de que esse 'statu quo' venha a ser posto em causa.
Na semana passada, o líder do movimento islâmico palestiniano Hamas, que controla a Faixa de Gaza, Yahya Sinouar, ameaçou Israel com o lançamento de foguetes de artilharia caso se verifique um "novo ataque" à mesquita de Al-Aqsa.
A presença das forças de segurança de Israel na Esplanada das Mesquitas no passado mês de abril provocou uma onda de indignação entre os palestinos.
[Notícia atualizada às 21h43]
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